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Cartografia – Escala e Projeções

Cartografia – Escala e Projeções

A Cartografia é a ciência que se preocupa em produzir, analisar e interpretar as diversas formas de se representar a superfície, como os mapas – que são representações de lugares reais, mas em tamanho reduzido.

ESCALA CARTOGRÁFICA

Escala é o nome dado para a proporção entre o tamanho de um local ou um objeto no mapa e o seu tamanho real. Ou seja, a escala permite identificar quanto um local foi reduzido para que pudesse caber no mapa. Por isso, de acordo com o interesse, é necessário usar escalas maiores ou escalas menores. Uma escala grande significa que é possível observar muitos detalhes no mapa. Num cartograma com escala grande, é possível ver ruas, bairros e outros locais de forma aproximada. Uma escala pequena significa que a imagem está muito encolhida em relação ao tamanho real dos objetos e locais representados. Num cartograma com escala pequena, é possível ver áreas grandes (países, continentes), mas não é possível ver muitos detalhes. É preciso ter muito cuidado, pois o denominador da escala costuma provocar confusão. Observe a imagem abaixo e perceba um exemplo de duas escalas diferentes.

PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS

É importante saber também que caso o objetivo seja fazer um mapa em que o planeta inteiro seja visualizado, será impossível representar fielmente todos os aspectos da realidade. Isso acontece porque o formato da Terra (tridimensional) impede que ela seja representada num plano (mapa) de forma totalmente precisa. Por isso, é preciso escolher projeções cartográficas adequadas que reduzam as distorções e que sirvam aos interesses de quem utilizará o mapa. A projeção escolhida serve para manter ao menos um aspecto da realidade (que pode ser a área, a forma, os ângulos ou qualquer outro) de maneira fiel. Contudo, para isso, é preciso aceitar que haverá distorções em outros aspectos. Portanto, em cada situação, para cada local do mundo e de acordo com cada objetivo, haverá uma projeção cartográfica mais eficaz.

De acordo com o local do mundo que o cartógrafo pretende representar com mais fidelidade, é escolhida uma projeção cilíndrica, cônica ou plana.

• Projeção Cilíndrica – Nessa projeção as áreas próximas a Linha do Equador apresentam menor distorção do que nas regiões polares que apresentam grande distorção (os territórios ficam com a proporção e forma com grande distorção).

• Projeções Cônicas – Os espaços localizados na zona Temperada (latitude média) apresentam pequena distorção.

• Projeções Planas (ou Azimutais) – Apresentam pequena distorção nos espaços localizados próximos ao centro de projeção do mapa e grande distorção nos espaços mais afastados, ou seja, na “borda” dos mapas. Esse é o tipo de projeção utilizado no símbolo da ONU, que é focado no hemisfério Norte.

Além de escolher qual local vai representar melhor, o cartógrafo precisa selecionar qual aspecto da realidade será mantido de forma fiel. Para isso, é preciso optar por uma projeção conforme, equivalente, equidistante ou afilática.

• Projeção Conforme – Mantém inalterados os ângulos da Terra e com isso o formato dos locais é preservado. Foi muito utilizado durante a expansão marítima pois auxiliava as grandes navegações.

• Projeção Equivalente – Caracterizada por conservar a proporção das áreas representadas, sendo útil para cálculos desse tipo.

• Projeção Equidistante – Mantém as distâncias lineares entre os diversos espaços do planeta.

• Projeção Afilática – Não preserva em sua totalidade nenhum aspecto da realidade, não sendo utilizada quando a pesquisa exige um grande rigor matemático.

Dentre os mapas mais famosos, podemos citar o de Mercator, feito em 1569 com base numa projeção cilíndrica e conforme; e o de Peters, feito em 1973 a partir de uma projeção cilíndrica e equivalente. A projeção usada por Mercator é considerada eurocêntrica, pois representa os países europeus no centro do mundo e com um tamanho maior do que o real. Enquanto isso, a projeção de Peters, produzida durante a Guerra Fria, teve como um de seus objetivos mostrar ao mundo que os países classificados à época como de Terceiro Mundo eram grandes e mereciam mais atenção do que recebiam naquele momento.

Abaixo a representação de Projeção Cilíndrica Conforme de Mercator (1569).

Abaixo a representação de Projeção Cilíndrica Equivalente de Peters (1973).

CURVAS DE NÍVEL

O perfil e a carta topográfica são representações topográficas de um espaço, ou seja, uma representação do relevo e das diferenças de altitude da superfície terrestre. Para representar essas diferenças é utilizado um conjunto de linhas chamadas de “curvas de nível ou isoípsas”, que demarcam pontos de altitude igual.

Quando as isoípsas estão próximas, representam uma encosta íngreme ou de grande declividade. Quando estão distantes, nos mostram encostas com menor declividade e uma inclinação mais suave no relevo.