DEBATE SOBRE TEMAS DE SAÚDE E SOCIEDADE
Os assuntos voltados à saúde relacionam-se, sobretudo, a aspectos vinculados a comportamento social, tópico relevante e atual.
Neste módulo propomos a reflexão acerca dos temas: o reaparecimento de epidemias já erradicadas no Brasil; o desafio da doação de sangue na sociedade brasileira; desafios para educação de crianças e jovens com transtorno do déficit de atenção com hiperatividade; saúde preventiva no Brasil: um benefício humano e econômico; o aumento do número de casos de depressão e suicídio entre jovens no Brasil; e o legado do tabagismo para crianças, adolescentes e jovens no Brasil.
O REAPARECIMENTO DE EPIDEMIAS JÁ ERRADICADAS NO BRASIL
Epidemias erradicadas voltam a surgir no Brasil
Especialistas defendem a aplicação de vacinas em farmácias
Tudo começa com uma tosse intensa, coriza e febre. Esses são os sintomas iniciais do Sarampo, doença que já foi considerada muito comum na infância e tinha sido eliminada do Brasil desde 2016, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou que o país estava a um ano sem registro de casos. Hoje, autoridades de saúde observam com preocupação o retorno dessa e de outras doenças consideradas erradicadas no passado e que ameaçam a saúde pública.
A febre amarela tomou conta de todos os noticiários no início do ano, mas esse não é o único motivo de alerta. Casos de hepatites também preocupam – a hepatite A teve um aumento de mais de 70%, principalmente entre homens. No mês de junho, o Ministério da Saúde também informou haver um alto risco do retorno da poliomielite em, pelo menos, 312 cidades brasileiras.
Por meio de comunicado, o Ministério da Saúde revelou que as baixas coberturas vacinais identificadas em todo país contribuem para esse cenário. Dados também indicam que a aplicação de todas as vacinas do calendário adulto está abaixo da meta – incluindo a dose que protege contra o sarampo. Entre as crianças, a situação não é diferente. Em 2017, apenas a BCG – vacina que protege contra a tuberculose, atingiu a meta de 90%. A Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim) defende que seja feita a vacinação de 95% da população.
Segundo Lorena Souza da Silva, docente na área de atenção farmacêutica, para diminuir esse surto, seria necessário que o Brasil e os países vizinhos reforçassem a vigilância nas fronteiras e revissem os protocolos de vacinação. “A crise que afeta os países vizinhos ao Brasil é imensa e, pode sim, ter contribuído de forma preocupante para este quadro e comprometido a saúde da população brasileira”, destaca.
Lorena também explicou que a Lei 13.021 de 2014, que dispõe sobre o exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas, propõe que as farmácias sejam também pontos de vacinação. “Seria interessante que as vacinas fossem administradas nas farmácias por profissionais farmacêuticos. Isso facilitaria o acesso da vacina para a população e, consequentemente, daria o suporte necessário para que conseguíssemos reverter esse quadro”, defende Lorena.
Confira agora quais são as doenças que voltaram a ameaçar o país:
• Sarampo: o sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmissível e extremamente contagiosa. Os sintomas incluem febre alta acima de 38,5°C, erupções na pele, tosse e coriza.
• Poliomielite: a doença é causada por um vírus que vive no intestino – o poliovírus. A poliomielite, geralmente, atinge crianças com menos de 4 anos mas também pode contaminar adultos. A maior parte das infecções apresenta poucos sintomas e há semelhanças com as infecções respiratórias como febre e dor de garganta, além das gastrointestinais, náusea, vômito e prisão de ventre.
• Hepatite A: também conhecida como hepatite infecciosa, é uma inflamação contagiosa que afeta o fígado e é causada por um vírus que, geralmente, é benigno. Os sintomas da doença começam a aparecer entre 2 a 6 semanas após o contato com o vírus da hepatite A e podem ser confundidos com os da gripe ou de gastroenterite leve.
• Rubéola: a rubéola é uma doença aguda, de alta contagiosidade, transmitida pelo vírus do gênero Rubivírus. A doença também é conhecida como sarampo alemão. Os sintomas incluem febre baixa e inchaço dos nódulos linfáticos.
• Difteria: doença transmissível aguda causada por bacilo que, frequentemente, se aloja nas amígdalas, na faringe, na laringe, no nariz e, ocasionalmente, em outras mucosas e na pele. A transmissão acontece ao falar, tossir, espirrar ou por lesões na pele. Portanto, pelo contato direto com a pessoa doente.
Fonte: https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/epidemias-erradicadas-voltam-a-surgir-no-brasil/
O DESAFIO DA DOAÇÃO DE SANGUE NA SOCIEDADE BRASILEIRA
O dia 14 de junho é lembrado como o Dia Mundial do Doador de Sangue, com o objetivo de aumentar a conscientização sobre a necessidade da doação e agradecer aos voluntários pela atitude, que pode salvar vidas. No Brasil, 1,8% da população doa sangue, número que está dentro dos parâmetros, de pelo menos 1%. A taxa, entretanto, está longe da meta da Organização Mundial da Saúde (OMS), de 3% da população doadora.
Por isso, o Ministério da Saúde quer sensibilizar novos voluntários e fidelizar doadores existentes com a campanha deste ano que tem como slogan “Doa Sangue regularmente e ajude a quem precisa”.
“É importante saber que o sangue não tem substituto, então é de suma importância manter os estoques abastecidos. Queremos reconhecer os doadores e angariar novos voluntários para que possamos transformá-los em doadores regulares”, disse o ministro da Saúde, Ricardo Barros. “A meta é 3%, nós vamos fazer um esforço para chegar lá”.
Apenas uma doação de sangue pode beneficiar até quatro pessoas. No Brasil, ao ano, cerca de 3,5 milhões de pessoas realizam transfusões de sangue. No total, existem no país 27 hemocentros e 500 serviços de coleta.
O sangue é um recurso importante tanto para tratamentos planejados como para intervenções urgentes. Ele ajuda pacientes que sofrem de doenças crônicas graves, como a doença falciforme e a talassemia, além de servir de apoio para procedimentos médicos e cirúrgicos complexos. O sangue também é vital para tratar feridos em emergências.
Baixa nos estoques
Nessa época do ano, com as férias escolares, feriados de São João e mudança de estação, as doações costumam diminuir, o que ocasiona uma baixa nos estoques de sangue no Brasil. Por isso a campanha acontece nesse período, para incentivar e fortalecer as doações.
O perfil dos doadores de sangue se mantém estável no país ao longo dos últimos anos. Do total de doadores, 60% são do sexo masculino e 40% do sexo feminino. O maior percentual está na faixa etária a partir dos 29 anos, com 58% do total dos doadores, enquanto as pessoas de 16 a 29 anos representam 42%.
Doadores voluntários
De acordo com relatório divulgado esta semana pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), menos da metade dos doadores de sangue na América Latina e no Caribe são voluntários. A porcentagem de doadores voluntários de sangue cresceu de 38,5% para 44,1% entre 2013 e 2015 na região, mas ainda está longe de atingir o nível de 100% recomendado pela OMS.
Em alguns países, há a doação remunerada, além daquelas doações por reposição, quando o doador faz a doação em nome de algum paciente. No Brasil, não existe doação remunerada. Em 2015, 61,25% das doações foram voluntárias e 38,17% foram para reposição.
A auxiliar administrativa de 24 anos, Vivian Vieira Santos, doou a primeira vez por causa do avô que precisou de transfusões de sangue. Hoje, foi ao Hemocentro fazer sua segunda doação. “Quero ser doadora regular. Meu avô estava precisando e agora, outras pessoas precisam do meu sangue para sobreviverem”, disse ela, que é doadora universal, de sangue O-.
Segundo o relatório, que inclui dados de 36 países da região, apenas dois países da América Latina e oito do Caribe obtiveram todas as suas doações de sangue provenientes de doadores voluntários não remunerados. São eles Cuba, Nicarágua, Aruba, Bermudas, Ilhas Cayman, Curaçao, Guadalupe, Guiana, Martinica e Suriname.
Em relação à qualidade, os dados da Opas também apontam melhorias: quase todos os países alcançaram 100% de testagem do sangue para infecções que podem ser transmitidas pela transfusão.
Fonte:https://exame.abril.com.br/brasil/18-da-populacao-brasileira-doa-sangue-mas-a-meta-da-oms-e-3/
DESAFIOS PARA EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS COM TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO COM HIPERATIVIDADE
TDAH é um distúrbio que afeta de 3% a 5% das crianças em idade escolar e sua prevalência é maior entre os meninos. Dificuldade para manter o foco nas atividades propostas e agitação motora caracterizam a síndrome.
TDAH (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade) é um distúrbio neurobiológico crônico que se caracteriza por desatenção, desassossego e impulsividade. Esses sinais devem obrigatoriamente manifestar-se na infância, mas podem perdurar por toda a vida, se não forem devidamente reconhecidos e tratados.
O distúrbio afeta de 3% a 5% das crianças em idade escolar e sua prevalência é maior entre os meninos. A dificuldade para manter o foco nas atividades propostas e a agitação motora que caracterizam a síndrome podem prejudicar o aproveitamento escolar e ser responsável por rótulos depreciativos que não correspondem ao potencial psicopedagógico dessas crianças.
TDAH não é uma doença nova. Já foi descrita em meados do século 19 e sua frequência é igual em todo o mundo. De acordo com o DSM.IV, o manual de classificação das doenças mentais, a síndrome pode ser classificada em três tipos:
• TDAH com predomínio de sintomas de desatenção;
• TDAH com predomínio de sintomas de hiperatividade/impulsividade;
• TDAH combinado.
Em todas as faixas etárias, portadores do transtorno estão sujeitos a desenvolver comorbidades, isto é, a desenvolver simultaneamente distúrbios psiquiátricos, como ansiedade e depressão. Na adolescência, o risco maior está no uso abusivo do álcool e de outras drogas.
Causas
Estudos apontam a predisposição genética e a ocorrência de alterações nos neurotransmissores (dopamina e noradrenalina) que estabelecem as conexões entre os neurônios na região frontal do cérebro como as principais causas do transtorno do déficit de atenção. Algumas pesquisas indicam que fatores ambientais e neurológicos podem estar envolvidos, mas ainda não há consenso sobre o assunto.
Sintomas
Desatenção, hiperatividade e comportamento impulsivo são sintomas do TDAH com reflexos negativos no convívio social e familiar, assim como no desempenho escolar ou profissional dos portadores do transtorno. Esses sintomas podem manifestar-se em diferentes graus de comprometimento e intensidade.
Quando predomina a desatenção, os pacientes apresentam dificuldade maior de concentração, de organizar atividades, de seguir instruções, e podem saltar de uma tarefa inacabada para outra, sem nunca terminar aquilo que começaram. São pessoas que se distraem com facilidade e frequentemente esquecem o que tinham para fazer ou onde colocaram seus pertences. Não conseguem também prestar atenção em detalhes, demoram para iniciar as tarefas e cometem erros por absoluto descuido e distração, o que pode prejudicar o processo de aprendizagem e a atuação profissional.
Nos casos em que prevalece a hiperatividade, os portadores do distúrbio são inquietos, agitados e falam muito. Dificilmente conseguem participar de atividades sedentárias e manter silêncio durante as brincadeiras ou realização dos trabalhos. Se é a impulsividade que se destaca os sinais mais marcantes são a impaciência, o agir sem pensar, a dificuldade para ouvir as perguntas até o fim, a precipitação para falar e a intromissão nos assuntos, conversas e atividades alheias.
Na adolescência e na vida adulta, os sintomas de hiperatividade costumam ser menos evidentes, mas as outras dificuldades permanecem inalteradas e os prejuízos se acumulam no dia a dia com reflexos negativos sobre a autoestima.
Diagnóstico
Para efeito de diagnóstico, que é sempre clínico, os sintomas devem manifestar-se na infância, antes dos sete anos, pelo menos em dois ambientes diferentes (casa, escola, lazer, trabalhos), durante seis meses, no mínimo. Devem também ser responsáveis por desajustes e alterações comportamentais que dificultam o relacionamento e a performance dos portadores nas mais diversas situações.
Via de regra, o problema fica claro nos primeiros anos de escola, apesar de estar presente desde o nascimento, e o diagnóstico deve ser feito por especialistas com base nos critérios estabelecidos pelo DSM.IV. Avaliações precipitadas podem dar origem a falsos positivos que demandam a indicação desnecessária de medicamentos.
Tratamento
O tratamento varia de acordo com a existência, ou não, de comorbidades ou de outras doenças associadas. Basicamente, consiste em psicoterapia e na prescrição de metilfenidato (ritalina), um medicamento psicoestimulante, e de antidepressivos. Crianças podem exigir os cuidados de equipe multidisciplinar, em função dos desajustes pedagógicos e comportamentais associados ao TDAH.
Em geral, os efeitos benéficos da medicação aparecem em poucas semanas e as reações adversas – insônia, falta de apetite, dores abdominais e cefaleia – são leves e ocorrem no início do tratamento, enquanto o organismo não desenvolveu tolerância a essas drogas.
Recomendações
É importante admitir que:
• As falhas de atenção e a hiperatividade de algumas crianças podem não ser características do temperamento e personalidade, nem de má educação, mas sintomas de uma doença que pode ser controlada.
• Não é má vontade, mas os portadores do transtorno realmente têm enorme dificuldade para organizar as atividades do dia a dia, manter horários e planejar o futuro.
• A necessidade de desenvolver algumas técnicas para compensar as dificuldades próprias da TDAH (uso de agenda, lugar fixo para guardar os objetos, lembretes colocados em posições estratégicas e em quadros de avisos, lista de tarefas e dos compromissos diários e semanais) exige muito esforço e disciplina.
• Pais e professores devem manter-se informados sobre as características da doença e intervenções que podem ajudar os pacientes a superar suas limitações.
• A psicoterapia pode representar um caminho eficaz para a recuperação da autoestima, quase sempre comprometida pelos sentimentos de fracasso e frustração provenientes das dificuldades de lidar com situações rotineiras.
Fonte: https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/tdah-transtorno-do-deficit-de-atencao-com-hiperatividade/
SAÚDE PREVENTIVA NO BRASIL: UM BENEFÍCIO HUMANO E ECONÔMICO
Cinco motivos para justificar o investimento em medicina preventiva:
1. Mais qualidade de vida para o beneficiário
O principal benefício de investir em medicina preventiva é a melhoria na qualidade de vida das pessoas. As ações de prevenção trazem diversos reflexos positivos nas condições gerais de saúde do indivíduo, seja ele saudável ou portador de alguma doença.
Com os devidos cuidados preventivos, até mesmo pacientes com doenças crônicas podem ter uma vida mais ativa e feliz, inclusive na terceira idade. Isso inclui milhões de pessoas diagnosticadas com diabetes tipo 2, hipertensão, câncer ou problemas cardiovasculares.
Como consequência do investimento em medicina preventiva, o beneficiário do plano de saúde consegue reduzir os gastos pessoais com medicamentos e tratamentos, melhorar o convívio com a família e aumentar sua produtividade no trabalho.
Ao cuidar da saúde e focar na prevenção, as pessoas não precisam interromper planos e projetos de vida devido às complicações decorrentes do tratamento de uma doença. Isso se torna ainda mais importante quando considerarmos o aumento da longevidade e a tendência de envelhecimento da população brasileira.
2. Mais produtividade e menos absenteísmo
Para as empresas que optam por planos de saúde corporativos e priorizam o investimento em medicina preventiva, os resultados positivos podem ser observados na produtividade da equipe.
Com a saúde em dia, os colaboradores faltam menos e têm mais disposição para o trabalho, tornando todo o ambiente mais produtivo. Além disso, oferecer ações e programas voltados para a medicina preventiva pode ser uma ótima ferramenta de endomarketing, capaz de motivar os funcionários e atrair novos talentos.
Por meio da implantação de programas de medicina preventiva, as empresas conseguem aumentar a qualidade de vida e a disposição de todos os envolvidos. O tema e o formato desses programas vão depender das necessidades identificadas pelos gestores, através do levantamento do perfil epidemiológico dos seus funcionários.
Entre as ações que podem ser desenvolvidas com sucesso no ambiente corporativo estão campanhas voltadas para o diagnóstico precoce, vacinação, programas de ginástica laboral e a promoção de hábitos saudáveis, incluindo reeducação alimentar, prática de atividade física e combate ao tabagismo.
3. Redução dos gastos com saúde
Além de estarem preocupadas com a qualidade de vida dos beneficiários, empresas e operadoras buscam nos programas de prevenção e promoção da saúde uma forma de reduzir suas despesas com saúde.
Nestes casos, direcionar recursos para o investimento em medicina preventiva certamente contribui para a redução dos custos assistenciais, apesar de isso parecer contraditório à primeira vista.
Nas operadoras, essa redução acontece principalmente por que os usuários passam a adotar hábitos mais saudáveis e fazer exames preventivos com mais frequência. Além de evitar o desenvolvimento de diversas doenças, isso possibilita detectar enfermidades em seu estágio inicial, encurtando o tempo dos tratamentos e tornando-os menos dispendiosos.
Para as empresas que contratam planos de saúde, a diminuição do uso dos serviços pode garantir um reajuste anual menor na negociação com as operadoras, já que o índice de sinistralidade tende a melhorar.
4. Racionalização dos serviços médico-hospitalares
Pessoas com o hábito de fazer exames frequentes, mais informadas e com mais qualidade de vida consequentemente apresentam menos complicações de saúde. E isso implica em um uso mais racional dos serviços médico-hospitalares.
Além da redução nas despesas (tanto pessoais quanto por parte das operadoras), o investimento em medicina preventiva diminui o desperdício de recursos assistenciais, cuja disponibilidade costuma ser reduzida.
Com menos demanda por internações ou intervenções de alta complexidade, estes serviços podem ser utilizados com menor frequência, reduzindo os problemas gerados pelo excesso de procura.
Assim, além de economizar, a operadora pode ter certeza de que não vão faltar leitos para pacientes graves e que não haverá “filas de espera” para a realização de consultas ou cirurgias.
5. Aumento da pontuação no IDSS
Calculado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS) é um indicador muito importante para a imagem de uma operadora de saúde. Entre o público consumidor dos serviços, ele é considerado a principal referência na hora de escolher ou mesmo trocar de plano de saúde.
O investimento em medicina preventiva é um dos fatores que influenciam nessa “nota” dada pela ANS às operadoras. Para conseguir aumentar sua nota no IDSS com programas de Promoprev, é preciso inscrever e aprovar cada programa junto à agência, apresentando indicadores que mostrem os resultados obtidos.
Mesmo ações simples, como ligar para os beneficiários para agendar exames preventivos, podem reverter em bônus para a pontuação no IDSS. A realização desses exames com frequência aumenta os casos de diagnóstico precoce, diminuindo a procura pelos serviços de emergência e melhorando a qualidade do serviço prestado.
Isso resulta não apenas na melhora da imagem da operadora perante o mercado, como também em um aumento no índice de satisfação e retenção dos beneficiários.
Fonte: http://previva.com.br/investimento-em-medicina-preventiva/
O AUMENTO DO NÚMERO DE CASOS DE DEPRESSÃO E SUICÍDIO ENTRE JOVENS NO BRASIL
Nos dias contemporâneos as redes sociais escancaram a felicidade, o sucesso e as melhores fotos de muita gente para todo o planeta conectado. Paralelamente, a Organização Mundial de Saúde (OMS), neste ano de 2018, relatou que o suicídio é a segunda principal causa de morte em pessoas de 15 a 29 anos de idade.
No mundo todo, estima-se que um dia aproximadamente 2.191 pessoas se suicidem. Isso significa 800.000 suicídios por ano. Estes números são alarmantes e desnudam uma outra situação correlata que também merece toda nossa atenção: a depressão, cujos índices também aumentam progressiva e preocupantemente em todos os continentes.
Segundo a OMS, aproximadamente 300 milhões de pessoas no mundo têm depressão. As crianças e os adolescentes estão incluídos nestas estatísticas.
As causas para o aumento da depressão e do suicídio, especialmente entre adolescentes e adultos jovens ainda merecem mais estudos especializados. Não há dúvida de que as razões são multifatoriais, envolvendo fatores de ordem social, biológica e psicológica. Para cada pessoa pode haver o predomínio de um destes fatores, especificamente.
Cabe a nós todos, no entanto, estarmos atentos às pessoas – principalmente adolescentes – que estão à nossa volta. Muitas vezes emanam sinais silenciosos, que podem passar desapercebidos. As pessoas com depressão tendem a faltar com frequência e sem explicação ao trabalho ou faculdade; demonstram pouca capacidade de concentração nas atividades cotidianas, a autoestima fica mais baixa, pode haver descuido com a aparência pessoal, muitos perdem o apetite e emagrecem, o sono fica prejudicado e o cansaço é evidente.
Disponibilizar-se para uma conversa calma e tranquila, onde mais se ouve do que se fala, sem julgamentos desnecessários, pode ser a primeira forma de ajudar quem precisa. Encaminhar para um tratamento especializado é essencial.
Fonte: https://g1.globo.com/bemestar/blog/ana-escobar/post/2018/09/24/depressao-e-suicidio-um-desafio-para-todos-nos.ghtml
O LEGADO DO TABAGISMO PARA CRIANÇAS, ADOLESCENTES E JOVENS NO BRASIL
O tabagismo é hoje a principal causa de morte evitável, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa doença afeta também as pessoas que não fumam, mas que convivem com fumantes, principalmente as crianças que são as maiores vítimas. Fumar durante a gravidez traz sérios riscos para a saúde da mulher e do feto. Abortos espontâneos, nascimentos prematuros, bebês de baixo peso, mortes fetais e de recém-nascidos, complicações com a placenta e sangramento, ocorrem mais frequentemente quando a grávida fuma.
A gestante que fuma apresenta mais intercorrências durante o parto e tem o dobro de chances de ter um bebê de baixo peso e baixa estatura, comparando-se com a gestante que não fuma. Tais problemas devem-se, principalmente, aos efeitos do monóxido de carbono e da nicotina exercidos sobre o feto, após a absorção pelo organismo materno.
Um único cigarro fumado por uma gestante é capaz de acelerar em poucos minutos, os batimentos cardíacos fetais, devido ao efeito da nicotina sobre o aparelho cardiovascular do feto. Assim, é fácil imaginar a extensão dos danos causados ao futuro bebê, com o uso regular de cigarros pela gestante.
Quando a mãe é fumante, durante o aleitamento, a criança recebe nicotina através do leite, podendo ocorrer intoxicação (agitação, vômitos, diarreia e taquicardia), principalmente naquelas que consomem vinte ou mais cigarros por dia.
As crianças fumantes passivas apresentam uma grande chance de contrair problemas respiratórios (bronquite, pneumonia, bronquiolite) em relação àquelas cujos familiares não fumam. Além disso, quanto maior o número de fumantes no domicílio, maior o percentual de infecções respiratórias, nas crianças que vivem com fumantes. É, portanto, fundamental que os adultos não fumem em locais onde haja crianças, para que não sejam transformadas em fumantes passivos, pois devido ao seu organismo ainda se encontrar em desenvolvimento, as crianças, especialmente as de pouca idade, são mais vulneráveis aos efeitos da exposição à poluição tabagística ambiental.
Por outro lado, muitos adolescentes, com o objetivo de conquistar espaço na sociedade e de satisfazer a necessidade de pertencer e ser aceito pelo grupo, acabam fazendo escolhas equivocadas que podem inclusive prejudicar a própria saúde.
A imagem do cigarro como “fruto proibido” estimula o desejo do adolescente e do jovem de “transgredir”, e suas principais motivações para fumar são o desejo de se afirmar como adulto e de se firmar no grupo. Em razão do seu modo de ser e das suas formas de se comportar, os adolescentes tornam-se mais vulneráveis às estratégias da indústria tabagista e à publicidade.
O cigarro e o álcool são drogas lícitas que fazem tão mal quanto as drogas ilícitas. O uso de produtos derivados de tabaco e, consequentemente, a dependência à nicotina, que se estabelece no jovem consumidor, podem favorecer a aquisição de outros comportamentos pouco saudáveis. A utilização da nicotina é considerada por muitos estudiosos como sendo a “porta de entrada” para o uso de drogas ilícitas.
É fundamental saber que o tabagismo é uma doença caracterizada pela dependência à nicotina, cujos malefícios não atingem somente aos fumantes, mas, de forma ampla e danosa, atingem também toda a sociedade e o meio ambiente. A prevenção do consumo de produtos derivados do tabaco e o esclarecimento acerca dos fatores de risco e de proteção à saúde, bem como a construção de uma sociedade mais consciente sobre a necessidade de formar cidadãos mais saudáveis, são deveres do Estado, da família e de toda a sociedade.
Fonte: https://www.inca.gov.br/tabagismo/criancas-adolescentes-jovens.