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COMO USAR CONCEITOS DE GEOGRAFIA NA MINHA REDAÇÃO?

COMO USAR CONCEITOS DE GEOGRAFIA NA MINHA REDAÇÃO?

Aprenda como usar Conceitos de Geografia na sua redação.

CONVERSA INICIAL

Neste módulo, apresentamos quatro temas sócias, atuais e relevantes ao perfil de cobrança do ENEM. Para melhorar sua compreensão acerca do que se discute, contextualizamos esses temas a partir de publicações relevantes e comentamos algumas das possíveis abordagens que você pode realizar na construção do seu texto. Os temas são: Os desafios da mobilidade urbana nas grandes metrópoles brasileiras; A inversão da pirâmide etária no Brasil; Tecnologia, negligência e abuso: o aumento do acesso à internet por crianças desacompanhadas pelos responsáveis; Desafios para ressocialização de presos no sistema penitenciário brasileiro.

TEMA: OS DESAFIOS DA MOBILIDADE URBANA NAS GRANDES METRÓPOLES BRASILEIRAS
Contextualização do tema

A mobilidade urbana e a sustentabilidade são temas que têm ganhado destaque no Brasil e no mundo. Porém a infraestrutura das cidades brasileiras perante o transporte urbano ainda necessita de melhorias e grandes investimentos, fato que contribui para que mais pessoas utilizem veículos próprios a coletivos, por exemplo.

Segundo a Associação Nacional de Transportes Urbanos (NTU), dos 5.570 municípios do Brasil, apenas 2.901 oferecem serviços de transporte urbano, total de 52% da nação. Sendo assim, 48% não possui um plano de transporte urbano em prática. Conforme o Ministério das Cidades, um número relevante de capitais brasileiras ainda não inclui um plano de mobilidade urbana, tais como Rio de Janeiro, Cuiabá, Goiânia, Campo Grande, Boa Vista, Macapá, Palmas, São Luís, João Pessoa, Recife e Maceió.

Diante desta realidade, fica clara a necessidade da criação de incentivos e políticas públicas que facilitem o deslocamento e o acesso das pessoas a diversos pontos de uma cidade através de diferentes meios de locomoção, de forma segura e ecologicamente correta.

Por isso, algumas empresas brasileiras que atuam no mercado logístico, já investem em meios de transporte não poluentes e alternativos, por exemplo, bicicletas e patinetes elétricos, como é o caso da plataforma Yellow e da Ecobike Courier – rede de entregas sustentáveis, já presente em seis estados brasileiros.

Simultaneamente, com o avanço da tecnologia, essas e mais empresas estão passando a se preocupar com transformações que tragam impactos positivos ao meio ambiente. Tal consciência é replicada na rotina dos consumidores, que, mais atentos às questões de conservação do planeta e qualidade de vida, preferem utilizar recursos e serviços sustentáveis para suprir as demandas do dia a dia. Um exemplo é da própria Ecobike Courier, que irá lançar seu app em breve, nas principais franquias da rede, e com isso, diversos serviços logísticos, realizados através de bikes, estarão disponíveis e a apenas a um clique de distância.

Vale lembrar que a importância da mobilidade urbana sustentável é relevante não apenas comercialmente, mas também, culturalmente, uma vez que é comprovada em experiências positivas de outros países como Japão e Alemanha. Outro exemplo são os países nórdicos, como Dinamarca e Noruega, onde até ministros utilizam a bicicleta como meio de transporte no cotidiano.

Fragmento disponível em: https://www.terra.com.br/noticias/dino/desafios-para-a-mobilidade-urbana-no-brasil,1026396a451695daf23342f7f22d09d0sksypw4

Possíveis reflexões que podem contribuir para sua abordagem

Os estudos de Geografia nos permitem compreender que cada cidade tem um conjunto de características naturais que dificultam ou facilitam a mobilidade urbana. Exemplo: cidades menores e mais planas facilitam a mobilidade.

Diferentemente de Brasília – que enfrenta outros desafios nesse sentido –, cidades como o Rio são mais complicadas, pois possuem muitos morros, poucas planícies e são muito extensas. Logo, é preciso fazer muitos túneis, muitos viadutos, e há dificuldades para o uso de transporte alternativo, como a bicicleta.

Em muitas cidades do Brasil, a bicicleta serve como complemento, mas não pode ser solução, tendo em vista que as distâncias são muito grandes. Em Amsterdã, por outro lado, a cidade é mais compacta e plana, e isso torna a bicicleta mais viável como um transporte mais eficaz.

Desse modo, é preciso pensar em soluções de mobilidade adaptáveis às características de cada lugar. A regra geral para cidades grandes e populosas é investir em transportes de grande capacidade (como o metrô); não depender predominantemente de ônibus e carros; criar pedágio urbano em áreas centrais para desestimular a circulação de carros e o trânsito; estimular a ocupação de vazios urbanos em áreas centrais (combatendo a especulação imobiliária, através da cobrança de imposto mais alto para imóveis vazios, o que é chamado de IPTU progressivo) ao invés de construir moradia e expandir a cidade em direção à periferia (pois quanto mais “larga” for a cidade, maiores serão as distâncias a serem percorridas). É importante promover a descentralização dos centros de emprego no sentido de criar opções de trabalho também nas periferias.

TEMA: A INVERSÃO DA PIRÂMIDE ETÁRIA NO BRASIL
Contextualização do tema

O Brasil ainda é um país de jovens?

Melhor dizer que é um país em franco processo de envelhecimento. A proporção de idosos, que hoje é de 9%, passará a 14% (limiar a partir do qual os países são chamados ‘envelhecidos’) por volta de 2018 e, em 2050, deverá ser superior a 25% – o que atualmente ocorre apenas no Japão e na Itália, hoje os países com mais envelhecimento respectivamente do mundo e da Europa. Veja, para a França dobrar a proporção de idosos de 7% para 14% foram necessários 115 anos (1865-1980); nós o faremos no equivalente a uma geração. Portanto, chamar o Brasil de país ‘jovem’ não reflete a velocidade de seu envelhecimento populacional e é perigoso: gera uma inércia, a ideia de que isto não deve ser uma preocupação para a sociedade e de que políticas pertinentes sejam ‘coisa do futuro’.

Quais as causas dessa mudança tão rápida na pirâmide etária?

Para que uma população envelheça é necessário um aumento da expectativa de vida e uma diminuição das taxas de fecundidade. No Brasil, o aumento da expectativa de vida nas últimas décadas foi espantoso. Quando eu nasci, em 1945, por exemplo, essa expectativa era de 43 anos. Hoje é de 73 anos! Trinta anos no meu tempo de vida. Ao mesmo tempo, houve uma queda drástica da taxa de fecundidade nas últimas três décadas. O número médio de crianças que uma mulher espera ter até o final de sua vida reprodutiva, que era por volta de 6 em 1975, caiu para 2 em 2005. Ou seja, 2/3 a menos em praticamente uma geração! Duas crianças por mulher significa estar no limiar de reposição – se os casais têm menos que dois filhos não se ‘repõem’. Em 1970, apenas 22 países se encontravam nessa situação (todos do mundo desenvolvido); hoje são cerca de 70 e, no ano 2020, serão mais de 120 (a maioria do mundo em desenvolvimento). Apenas os países mais pobres (e, no geral, pequenos) terão taxas de fecundidade acima do limiar de reposição.

Que implicações socioeconômicas isso trará para o Brasil?

Imensas. Não só para o Brasil, mas para o mundo em geral. Os países desenvolvidos primeiro enriqueceram e depois envelheceram. Países como o Brasil estão envelhecendo antes de serem ricos. A população total do mundo crescerá dos 6 bilhões em 2000 para 9 bilhões em 2050. Nesses mesmos 50 anos, a população de idosos terá aumentado de 600 milhões para 2 bilhões – 350%. Contando apenas os países em desenvolvimento, o aumento será de 450%: de 400 milhões em 2000 para 1,7 bilhão em 2050. Isso significa que cerca de 85% do total de idosos do mundo estará vivendo nos países mais pobres. Se essas nações não conseguirem dar uma arrancada significativa para melhorar sua situação econômica, enfrentarão um desafio enorme. (…)

Quais as maiores carências hoje no Brasil para atender às necessidades dos idosos?

A OMS norteia sua política para o envelhecimento de acordo com um documento lançado em 2002, intitulado “Envelhecimento Ativo, um Marco Político”. Ele define o ‘envelhecimento ativo’ como o “processo através do qual se possam otimizar as oportunidades para saúde, participação e segurança, de modo a assegurar qualidade de vida à medida que se envelhece”. Isso é fundamental. Todos queremos envelhecer, mas com boa saúde, para poder continuar participando da vida em sociedade. E é preciso implantar sistemas que garantam essa segurança também aos mais pobres e vulneráveis. Nossas carências ainda são enormes em relação a esses três pilares do ‘envelhecimento ativo’. Temos um estatuto do idoso excelente, alicerçado em três áreas estratégicas – envelhecimento como tema de desenvolvimento, saúde na velhice e questões sociais relacionadas a essa fase da vida –, porém, falta muito para tê-lo colocado em prática.

Fragmento disponível em: https://www.portaldoenvelhecimento.com.br/inversao-da-piramide-etaria/

Possíveis reflexões que podem contribuir para sua abordagem

A Geografia propõe algumas análises importantes nesse sentido. Em primeiro lugar, é preciso considerar que, no Brasil, as mulheres hoje já possuem uma fecundidade menor do que o mínimo necessário para que a população brasileira se mantenha. Ou seja, a população brasileira cresce cada vez mais devagar, e a previsão é de que pare de crescer por volta de 2040 e comece a diminuir de tamanho.

É importante destacar também que a tendência de envelhecimento populacional contribui para que, futuramente, tenhamos proporcionalmente menos adultos, e isso pode prejudicar seriamente a economia, pois haverá menos mão de obra (população economicamente ativa).

Além disso, o aumento do número de idosos e a redução do número de crianças implicam a necessidade de reformular as políticas públicas para dar conta do novo perfil da população brasileira, o que inclui a mudança do perfil de gastos, estimulando a formação de médicos geriatras e políticas urbanas voltadas para idosos.

Também é importante considerar que a mudança no perfil populacional influencia o aumento de despesas previdenciárias e exige discutir o modelo de aposentadorias, sem esquecer que as pessoas mais velhas são as que, em geral, possuem mais despesas com saúde e, por isso, não podem ficar desamparadas financeiramente.

TEMA: TECNOLOGIA, NEGLIGÊNCIA E ABUSO: O AUMENTO DO ACESSO À INTERNET POR CRIANÇAS DESACOMPANHADAS PELOS RESPONSÁVEIS
Contextualização do tema

Se bicicletas, bonecos e carrinhos eram presentes certeiros para as crianças, hoje em dia eles têm perdido espaço para celulares, tablets e computadores. É fato: o mundo digital faz parte da infância da nova geração. Mas não pense que as crianças estão apenas tirando selfies e brincando com aplicativos de jogos. Segundo uma nova pesquisa, a internet também está sendo utilizada cada vez mais cedo.

O estudo, feito pela organização britânica Internet Matters com 1.500 famílias, descobriu que, hoje em dia, 48% das crianças de 6 anos fazem uso dessas tecnologias. E mais: 41% delas acessam a internet sem nenhuma supervisão dos pais.

A pesquisa revelou também que 44% das crianças entrevistadas utilizam a internet dentro do próprio quarto e 27% ficam online fora de casa. Além disso, 32% são adeptdas dos serviços de mensagem instantânea para se comunicar (como o WhatsApp, por exemplo).

Após a conclusão do estudo, a organização britânica se posicionou: “Isso só mostra o quão rápido é o ritmo de mudança no mundo da tecnologia e o quão vital é que os pais criem mecanismos de segurança e entendam alguns dos riscos que existem quando a criança fica online”.

Disponível em: https://revistacrescer.globo.com/Curiosidades/noticia/2017/02/41-das-criancas-de-6-anos-acessam-internet-sem-supervisao-de-adultos.htm

Possíveis reflexões que podem contribuir para sua abordagem

Para auxiliar a formação do seu repertório sociocultural sobre o tema, apresentamos a notícia “Oito em cada dez crianças e adolescentes tem acesso à internet no Brasil”, do Tecmundo:

O artigo publicado pela Nova pesquisa do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) aponta que cresceu o número de crianças e adolescentes no Brasil com acesso à internet. De acordo com a pesquisa TIC Kids Online Brasil 2017, divulgada pelo o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), 85% das pessoas entre 9 e 17 anos podem acessar à rede, número que era de 82% em 2016.

Apesar disso, as diferenças regionais e de classe persistem, como é possível ver na comparação entre Sudeste (93%) e Norte (68%), bem como entre as classes AB (98%) e DE (70%). Outro destaque é o aumento do uso de dispositivos móveis como meio de acesso à internet. Os celulares foram utilizados com esse fim por 93% dos jovens, valor que era de apenas 21% há cinco anos, mostrando a importância da popularização desses

A pesquisa também mostra que 39% dessas crianças e adolescentes entraram em contato com alguma forma de discriminação, sendo os principais casos relacionados a cor ou raça (26%), aparência física (16%) e orientação sexual (14%). Quando separados por gênero, é possível ver que esse tipo de conteúdo é identificado principalmente por meninas (46%) que por meninos (32%).

Na questão da segurança, 7 entre cada 10 crianças e jovens utilizam a internet em um ambiente seguro, de acordo com os pais ou responsáveis. Ainda nesse ponto, 79% dos responsáveis diz ter explicado como utilizar à rede com segurança e 84% deram instruções de como se comportar e se relacionar com as pessoas no ambiente online.”

Notícia disponível em: https://www.tecmundo.com.br/mercado/134424-oito-cada-dez-criancas-adolescentes-tem-acesso-internet-brasil.htm

TEMA: DESAFIOS PARA RESSOCIALIZAÇÃO DE PRESOS NO SISTEMA PENITENCIÁRIO BRASILEIRO
Contextualização do tema

Dois anos após cumprir sua pena, M. Ribas garante que os 16 meses que passou na Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC) de Barracão, interior do Paraná, foram decisivos para afastá-lo definitivamente do mundo do crime.

“Foi importante para assumir responsabilidade pela minha própria vida, o que não tinha acontecido antes da minha prisão. Quem é preso foi porque faltou responsabilidade, faltaram objetivos. Lá dentro da APAC aprendi a meditar, a acalmar minha mente e a retomar gosto pelo estudo”, diz. M. Ribas que é um dos 137 presos que passaram pela APAC Barracão em quatro anos de funcionamento da unidade que não voltaram a praticar crime.

Apenas dois deles reincidiram, segundo a juíza responsável pela execução de penas no município paranaense, Branca Bernardi.

Aplicado atualmente em 43 cidades brasileiras, o método alternativo de ressocialização que mudou a vida de Ribas apresenta a homens e mulheres presos conceitos como responsabilidade, autovalorização, solidariedade e capacitação, aliados à humanização do ambiente prisional. Ao retirar o preso do ambiente prisional e submetê-lo a um cotidiano muito diferente daquele vivido nas prisões, a Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados (FBAC) afirma reduzir a 30% a reincidência criminal entre os homens e mulheres que passaram por uma das unidades onde o método é aplicado.

“Em média, nossa não-reincidência (no crime) é de 70%. Em algumas APACs, chegamos a um índice de 98%. No Brasil, o percentual não chega a 10%. Tenho certeza que, se o Estado acordasse, a reincidência seria menor ainda”, disse o gerente de metodologia da FBAC, Roberto Donizetti.

A estratégia de responsabilizar os presos pelos seus atos impressiona quem chega a uma APAC, que não se parece com uma unidade prisional tradicional. Não se veem armas e há mulheres – funcionárias ou voluntárias – circulando pelo estabelecimento. Manter a atmosfera de paz e harmonia na unidade é atribuição delegada dos presos condenados que são autorizados pela Justiça a cumprir pena no lugar.

Outro motivo que pode causar um choque em quem visita uma APAC esperando encontrar um ambiente prisional convencional é a limpeza e organização interna do lugar, outra tarefa de responsabilidade exclusiva dos presos. Ao longo do dia, rondas são feitas para conferir a arrumação das celas e camas. “É mais limpo que o quarto de seu filho adolescente”, assegura o voluntário da unidade de Macau/RN, Cleber Costa.

Disponível em: https://cnj.jusbrasil.com.br/noticias/449472419/apac-metodo-de-ressocializacao-de-preso-reduz-reincidencia-ao-crime

Possíveis reflexões que podem contribuir para sua abordagem

Para auxiliar formação do seu repertório sociocultural sobre o tema, apresentamos os trechos do Artigo “Violência e sistema prisional: um reflexo da desigualdade social”, de Laís Alexandre da Silva:

“A exclusão social adquire força e se torna mais visível em razão do projeto de sociedade vigente, no qual apenas a minoria abocanha as riquezas produzidas por todos. Nesse sentido, o rio que separa os ricos dos pobres se torna cada vez mais externo, chegando a níveis considerados inaceitáveis para uma sociedade que se diz civilizados”. (SIQUEIRA, 2001, p.58).

A ausência de cidadania faz com que sujeitos sociais, envolvam em atos ilícitos como forma de garantir a sua sobrevivência entendendo que as políticas públicas são instituídas é focalizada, sendo a política de Segurança Pública agravada por combater a violência pela via da repressão, não levando em consideração que o sujeito faz parte da história.

As estratégias propostas pelo Estado não qualificam os sujeitos, nem antes do cárcere quanto menos depois dificultando sua inserção na sociedade, não propiciam alterações nas condições de vida dos sujeitos envolvidos neste processo de fragilização, mesmo porque muitos já carregam o estigma de ser egresso do sistema prisional. Neste sentido, deve-se questionar sobre o papel do Estado que se propõe muito pouco, no que se refere as políticas públicas, principalmente a políticas de Segurança Pública. O que antecede a violência é o desrespeito, que é consequências das injustiças e afrontamentos, sejam sociais, sejam econômicos, etc., que o Governo vem praticando com a sociedade, esse desrespeito, produz desejos de vingança que se transformam em atos de violência.

De acordo Faleiros (1997), a trajetória dos dominados tem a marca da exclusão social, os sujeitos que deixa o sistema prisional passam por um processo de fragilização com perdas de patrimônios e referências, esses sujeitos que nunca tiveram acesso às políticas sociais, encontram-se a mercê da criminalidade, além de serem expostos as diversas formas de discriminação ao saírem da prisão, pela condição estigmatizante de “ex-presidiário” favorecendo assim a reincidência criminal. Conforme Leite,

“Este maior controle penal entra em choque com o dito “Estado mínimo” tão aclamado nos tempos modernos. Percebe-se com isto que, apesar de toda conclamação da liberdade, há hoje um maior controle do Estado que, se por um lado se desobriga socialmente, por outro aumenta seu controle via punição. Há uma atrofia do Estado social e uma hipertrofia do Estado penal se correlacionando e se complementando totalmente.” (2007,p.2)

Esta contradição entre Estado mínimo para o social e macro para a penalização, produz efeitos desastrosos na sociedade, entendendo que o crime é uma violação do direito, fica perceptível que quem vem desencadeando a violência é o Estado, que não atende as finalidades propostas tais como: prevenir a prática de novos delitos e promover a reinserção social dos apenados[7].

FALEIROS, Vicente de Paula. Estratégias em Serviço Social-2 ed. – São Paulo: Cortez, 1997.

LEITE, Fabiana de Lima. Uma Leitura das Penas e Medidas Substitutivas no Brasil e em Minas Gerais. In: BRASIL,As Penas Alternativas como Prevenção à Criminalidade. Belo Horizonte: dez. 2005.

SIQUEIRA, Jailson Rocha. O trabalho e a assistência social na reintegração do preso à sociedade.In:Serviço Social e sociedade.São Paulo: Cortez, n.67, set. 2001.

[7] Apenados são sujeitos sentenciados a algum tipo de pena privativa de liberdade ou restritiva de direito que vivenciaram um processo de criminalização. Os dados estatísticos demonstram vulnerabilidade social a que estão expostos (marginalização, exclusão, fragilização, vitimização, violação dos direitos sociais, opressão etc.) no sistema penal.(GUINDANI,p.39,2001).

Fragmentos do artigo disponível em: http://ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12534

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