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A CULTURA DE CONSUMO ENTRE JOVENS NO BRASIL

A CULTURA DE CONSUMO ENTRE JOVENS NO BRASIL

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “A cultura de consumo entre jovens no brasil”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I

Comprar demais: Um problema entre os adolescentes

Hoje em dia os jovens entre os 15 e os 22 anos de idade possuem vários sonhos, tais como comprar telemóveis, carros, ipods, roupas de marca, e tudo o que um jovem pode querer no seu desejo mais íntimo.

Hoje em dia os jovens estão a comprar cada vez mais por ainda não se saberem definir, e por isso precisam de pertencer a um grupo que de certa forma passa a definir quem ele é.

O desejo e a vontade de ter aquilo que se quer, possui um factor agravante na vida dos “jovens consumidores”, que reparam mais no que os outros estão a usar. Segundo uma pesquisa realizada pela organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), 70% dos jovens da América Latina interessam-se por compras, enquanto nos Estados Unidos o percentual é de apenas 33%.

Mas o mais interessante é que na adolescência este consumo é mais adequado, porque eles estão em busca da sua identidade, a questão que surge é: “QUEM SOU”.

Mas como contornar esta situação? Segundo os psicólogos a solução do problema está próxima: “ Quando o adolescente ingressar no mercado de trabalho irá verificar por si só que outras coisas lhe serão exigidas, além da aparência e do poder aquisitivo. Ter mais responsabilidade é uma delas e com isso o jovem vai descobrir as suas qualidades e aos poucos irá abandonar as etiquetas externas e as compras excessivas”.

(Disponível em: http://consumismo.weebly.com/os-jovens-e-o-consumo.html)

TEXTO II

O valor que os jovens dão ao consumismo e como eles fazem uso de marcas para se auto afirmarem junto à sociedade é preocupante. O celular tal, a calça X, a roupa Y, a maquiagem milagrosa! A oferta de produtos é absurda e dispara o desejo do “sempre quis um desse”, “isso é tudo que eu quero” ou “eu preciso muito disso”.

Os desejos são atendidos, a satisfação é momentânea e o ciclo de falsas necessidades reinicia. Esse assunto é incômodo para alguns, inexistente para outros e necessário para todos nós, pais ou não.

O pesquisador da UFMG Paulo César Pinho Ribeiro alerta sobre essa tendência entre os jovens: “Há um consumo exagerado de tudo: dinheiro, imagem, roupas, perfumes, adornos, grifes, amor, sexo, bens de consumo e substâncias lícitas e ilícitas. O planeta em que vivemos está em crise. De um lado, consumismo exagerado e avanços tecnológicos que nos surpreendem a cada dia; de outro, fome, miséria e desigualdade. Um mundo onde o ter é mais importante do que o ser. Neste mundo consumista, os adolescentes foram escolhidos como o alvo mais fácil dessa escalada sem rumo, sendo hoje chamados de filhos do consumismo”.

Não é fácil educar um filho em um mundo cercado de valores superficiais. Precisamos estar centrados em nossa responsabilidade como pais e não podemos deixar que essa missão fique comprometida por conta da nossa vida agitada.

O cotidiano cada vez mais exigente entra em choque com o nosso compromisso de educar, assim os dias precisam ser vividos com sabedoria e olhar atento. O importante é ter essa consciência e fazer com que o tempo passado junto aos filhos tenha qualidade, para que eles cresçam bem, com saúde física e emocional.

TEXTO III

Há um consumo exagerado de tudo: dinheiro, imagem, roupas, perfumes, adornos, grifes, amor, sexo, bens de consumo e substâncias lícitas e ilícitas. O planeta em que vivemos está em crise: de um lado, consumismo exagerado e avanços tecnológicos que nos surpreendem a cada dia; de outro, fome, miséria e desigualdade. Um mundo onde o ter é mais importante do que o ser. Neste mundo consumista, os adolescentes foram escolhidos como o alvo mais fácil dessa escalada sem rumo, sendo hoje chamados de filhos do consumismo.

O mercado, a mídia e o comércio perceberam no perfil do adolescente um terreno fértil e sem fim para o lançamento de novos alimentos, novos sabores, novas bebidas, moda, roupas, grifes, tudo sempre embalado pelo novo, pelo moderno, pelos maiores recursos, pelo passageiro, pela contestação e pela sensação de pertencer a um grupo diferente ou mesmo a uma tribo.Muitas vezes são os jovens que escolhem os produtos que serão usados em sua casa, desde os mais simples até os mais sofisticados. Apesar da crise econômica mundial, é fato que nunca os adolescentes de classe média do Brasil tiveram tanto dinheiro em suas mãos. São alvos de bancos (cartões de crédito e novas contas), shoppings, lanchonetes, agências de turismo, entre outros (lojas de celulares, produtos energéticos e esportivos). É um planeta teen, de consumismo voraz e veloz, e, estimulados pela sociedade, os adolescentes exageram na dose. Entretanto é importante lembrar que o adolescente não nasce assim; ele é o fruto, o resultado de uma sociedade cada vez mais consumista. O sistema capitalista tem investido no público jovem, priorizando-o. Sabemos que o discurso do marketing e das propagandas convidando ao consumo exagerado se apoia no culto à estética, trazendo impacto e influenciando o estilo de vida de nossos jovens.

Impera o narcisismo, não importa a idade. Adolescentes, adultos jovens e idosos buscam uma imagem perfeita, não medindo consequências para alcançar seus objetivos. Tornam-se criaturas servis deste mundo de poder da imagem. Todos querem a melhor academia, a melhor roupa esportiva ou social, o perfume mais caro e importado, as grifes, o melhor carro e mostrar o melhor corpo. Um corpo musculoso através do consumo de substâncias (no caso, os esteroides anabolizantes e uma série de energéticos), um corpo sem gordura (à custa de procedimentos cirúrgicos fúteis e com riscos à saúde), pele lisa, sem espinhas, sem estrias e sem rugas e até sem pelos. Essa é a chamada era da estética, muitas vezes com procedimentos sem nenhuma ética. É como se o capitalismo elegesse as crianças e os adolescentes como seus clientes preferenciais. A indústria do consumo tem os seus produtos direcionados para os adolescentes – os pais e o país do amanhã. As crianças, desde muito pequenas, são rodeadas por roupas, sapatos, brinquedos, aparelhos eletrônicos, celulares e situações que estimulam o consumo. Os adolescentes se amontoam nos shopping centers, lotam as academias, na busca frenética do corpo perfeito, e os restaurantes, consumindo os chamados fast-foods. Há prazer nesse consumo, e a ele soma-se a dificuldade dos pais em dizer não com receio de frustrar os filhos. De fato, vivemos a era do filiarcado (hoje os nossos filhos cobram e os pais não conseguem dizer não): os pais perdem a autoridade com seus filhos quando não têm nada a oferecer. Percebe-se também na escola o consumismo, quando os pais, no início do ano letivo, recebem a lista de material escolar: os mais variados tipos de lápis, agenda, borrachas de todos os formatos, cores e cheiros, livros sempre descartáveis, que não podem ser aproveitados por outros filhos ou outras crianças. Sempre uma mochila nova, da moda, uma merendeira diferente, também lançada por algum artista ou ídolo da televisão. Como se tudo isso fosse essencial para o aprendizado!

Muitas vezes, a compulsão e a alienação tomam conta do indivíduo. Várias são as formas de compulsão, e sabemos também que elas podem ocorrer predominantemente na adolescência, por volta dos 15 anos de idade (dois terços dos clientes). No sistema capitalista, esses jovens são os mais atingidos, pois são incentivados ao consumo e se tornam dele presas fáceis. Há uma grande oferta, e o jovem, não reconhecendo as suas reais necessidades, acaba considerando que é importante ter, não importando o quê.


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Com o passar do tempo, os jovens com esse comportamento consumista acabam comprometendo as suas relações sociais, afetivas, profissionais e econômicas. Compulsão é doença e deve ser tratada com psicoterapia e grupos de autoajuda.

TEXTO IV

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