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PONTUAÇÃO

PONTUAÇÃO

A pontuação é um recurso exclusivo da escrita que busca organizar as relações entre as partes do discurso e suas pausas.

PERÍODO SIMPLES

A pontuação é um recurso exclusivo da escrita que busca organizar as relações entre as partes do discurso e suas pausas. Assim, como um sistema de reforço do texto escrito, visa dar ao leitor o entendimento próprio da língua falada, marcando não só as pausas, mas também as motivações de natureza afetiva, tais quais entonações e mesmo aspectos semânticos.

Alguns sinais de pontuação participam da função de marcação da sintaxe do período, apresentando um valor gramatical considerável. Obviamente, as recomendações de uso dos sinais de pontuação apresentam um relativo valor normativo, isto é, alguns sinais obedecem a critérios gramaticais, entretanto o uso de grande parte deles submete-se ao estilo do autor do texto.

VÍRGULA

A vírgula serve para marcar uma pequena pausa, de curta duração, sem dar fim ao enunciado. Seu uso também se estende à separação de termos de uma oração, ou de um período e, até mesmo, na marcação da ausência de termos da oração.
Recomenda-se o uso da vírgula:

a) A frase não está em ordem direta:

A ordem direta dos termos oracionais em língua portuguesa pode ser definida como:

sujeito + verbo + complementos + adjuntos adverbiais

Assim, não existe vírgula entre os termos imediatos quando em ordem direta, isto quer dizer que não há vírgula entre sujeito e verbo ou entre verbo e seus objetos.

• Termos deslocados: adjunto adverbial anteposto ou intercalado, orações subordinadas antepostas ou intercaladas, complemento pleonástico antecipado etc.

– Naquela linda manhã, visitamos a casa de minha avó.

– Visitamos, naquela linda manhã, a casa de minha avó.

– Quando amanheceu o dia, visitamos a casa de minha avó.

– Visitamos, quando amanheceu o dia, a casa de minha avó.

– A casa de minha avó, visitamo-la naquela linda manhã.

b) Nas indicações de lugar e data:

Rio de Janeiro, 21 de julho de 1902.

c) Para isolar o vocativo:

Filho, venha me ajudar!

d) Para isolar termos intercalados:

• Termos intercalados: aposto intercalado (sobretudo o explicativo), expressões corretivas ou explicativas, conjunções coordenativas intercaladas.

– Brasil, um país de enormes dimensões, é uma das nações mais ricas do mundo.

– Não sabia o que fazer, isto é, hesitou na hora de tomar uma decisão.

– Nada poderia consolar, portanto, aquela mãe que chorava a perda do filho.

e) Na elipse de termos

A elipse é a omissão de um termo, uma palavra de uma frase. Usa-se a vírgula para ressaltar esta elipse principalmente quando é o verbo o termo omitido.

Meu pai criou-se nestas terras. Meu avô, no interior.

f) Termos coordenados assindéticos:

Termos que exercem a mesma função sintática, sejam oracionais ou não, desde que não ligados por conjunção. É comum, no entanto, que o último elemento coordenado seja introduzido por conjunção aditiva, caso que impede a colocação de vírgula.

Compramos muitas frutas, verduras, legumes e carnes.

Corri para o quintal, peguei a bicicleta, saí em disparada pela rua.

g) Orações coordenadas sindéticas:

Apenas as orações iniciadas pela conjunção “e” não devem ser precedidas por vírgulas.

Não faças isso, que não te perdoarei.

Planejei ir à praia, mas choveu.

OBSERVAÇÃO

Usa-se a vírgula antes de “e”, na condição de os sujeitos das orações serem diferentes:

“O senhor não sabia de nada, e seu filho explicou ao empregado o que fazer.”

h) Nos polissíndetos

O polissíndeto é a repetição intencional da conjunção nas construções coordenadas.

Ou faz as coisas direito, ou vai embora, ou aprende a fazê-las!

Chegou trazendo flores, e chocolates, e joias, e tecidos, e tudo o que mais ela sonhara.

i) Nas orações adjetivas explicativas

Os alunos, que estavam calmos no momento, conversavam sobre as questões da prova

NÃO SE USA VÍRGULA PARA SEPARAR:

• Sujeito do verbo.

• Verbo dos objetos.

• Nome do adjunto adnominal ou do complemento nominal.

• Oração substantiva (exceto a apositiva) de sua principal.

PONTO

O ponto indica a pausa máxima de um enunciado, encerrando um período ou oração independente. Muitos gostam de nomeá-lo como ponto parágrafo ou ponto final, dependendo do tipo de enunciado que encerre. Entretanto, esta definição não encontra muita serventia, já que, efetivamente, todo ponto é final, seja de um texto, de um parágrafo ou de um período.

Usa-se o ponto:

a) No final de orações absolutas e períodos:

O concerto terminou.

Depois de inúmeros esforços do Poder Público, algumas regiões foram beneficiadas por programas de segurança que melhoraram a vida daqueles cidadãos.

b) Nas abreviaturas de palavras:

V. Exª.
etc.
Av. Presidente Vargas

PONTO E VÍRGULA

O ponto e vírgula marca uma pausa mais longa que a vírgula, entretanto, pausa menor que aquela do ponto. Assim, o ponto e vírgula jamais termina um enunciado, isto é, não coloca fim ao período.

Usa-se o ponto e vírgula para:

a) Separar os grupos de construção em enunciados que já possuam vírgulas, evitando a falta de clareza:

Eu, por prazer, fiz uma parte do trabalho; ela, por obrigação, completou a tarefa.

O texto era curto; porém, claro.

b) Separar elementos coordenados dentro de um mesmo período:

Os pobres precisam de ajuda; os trabalhadores produzem riquezas; os empresários recolhem os lucros; o governo cobra os impostos; e, no final, todos sempre reclamam da parte que lhes coube.

c) Para enfatizar a relação entre termos coordenados, substituindo a vírgula:

O concurso é daqui a um mês; porém não iniciei os estudos.

d) Separar orações coordenadas de certa extensão:

Por muitas vezes, as pessoas se perguntam se devem ou não seguir os seus sonhos na vida em que levam diariamente; sonhar um pouco não faz mal à ninguém, vivê-los é coisa bem diferente.

e) Distinguir os itens de uma enumeração

Compramos muitas coisas na feira: morangos, maçãs e pêssegos; cenouras, batatas e beterrabas; alface, agrião e rúcula.

f) Separar itens de regulamentos, leis, considerandos, decretos, portarias etc.

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

I. a soberania;

II. a cidadania;

III. a dignidade da pessoa humana;

IV. os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

V. o pluralismo político.
(Constituição Federal)

PERÍODO COMPOSTO

Há certos recursos da linguagem – pausa, melodia, entonação e, até mesmo, silêncio – que aparecem claramente na oralidade. Alguns desses sinais, especialmente aqueles que indicam pausa, têm sua colocação ligada a questões sintáticas, sendo seu uso considerado “gramatical”. No caso dos outros sinais de pontuação, há maior flexibilidade quanto a seu uso, exatamente por buscar a imitação entonativa da frase ou mesmo gerar fatores estilísticos na sentença. Dessa forma, saber pontuar um texto é ter a visão clara da estrutura frasal, é perceber que o pensamento lógico está ali desenvolvido de forma coerente e a comunicação está sendo estabelecida.

DOIS PONTOS

Empregam-se os dois pontos:

a) No início de discurso direto ou citação:

Virando-se rapidamente, ela disse: “Vamos embora!”

René Descartes formulou seu raciocínio:
“Penso, logo existo”.

b) No início de uma enumeração:

Trouxemos várias coisas: tesoura, lanterna, cobertores e talheres.

c) Na substituição de um conectivo, fornecendo ideia de conclusão, causa, consequência, entre outras:

Não tinha mais a bússola, muito menos a mochila e já anoitecia: estava perdido.

d) Na introdução de orações apositivas:

O professor falou apenas uma coisa: que ninguém sabia responder.

e) Com valor argumentativo:

Os dois pontos podem apresentar valor argumentativo, fazendo o papel de um conectivo que não aparece no texto.

Não tinha dinheiro para o ingresso: não fui ao espetáculo.

Note que a pontuação poderia ser substituída por uma conjunção (logo, por isso, portanto), o que dá a ela um fator de coesão, introduzindo o sentido conclusivo da segunda oração. Tal recurso cria um efeito de intensificação da oração conclusiva e funciona como uma estratégia estilística para compor um argumento.

PONTO DE INTERROGAÇÃO

Usado nas frases interrogativas, enunciadas em discurso direto ou indireto livre.

Ele perguntou: “O que aconteceu?”

Voltou a cabeça para trás. Pensou na decisão que havia tomado. Estaria errado? O passado agora era um fantasma que lhe batia à porta.

PONTO DE EXCLAMAÇÃO

Usado para expressar emoções ou chamamentos. É obrigatório nas interjeições.

Ah! Como é belo o mar!

Saia daqui, agora!

TRAVESSÃO

Entre as possibilidades de uso, destacam-se:

a) Indicar a fala da personagem em um discurso direto:

João perguntou:

– O almoço está pronto, mãe?
– Calma, estamos quase lá. – Respondeu ela.

b) Isolar termo, com uso próximo ao da vírgula ou dos parênteses.

Em períodos onde já haja separação por vírgulas, pode-se usar o travessão para evitar a ambiguidade. Seu uso diferencia-se do uso dos parênteses no quesito ênfase: o uso de travessão dá ênfase ao que é colocado entre eles, ao passo que os parênteses conferem grau mais acessório à informação.

Comprei várias frutas: maçã, uva, morango – minha favorita –, pera e pêssego.

c) Demarcar aposto ou comentário:

O Rio de Janeiro – uma cidade fantástica – tem vários problemas urbanos.

Os árbitros de futebol – não queria estar na pele deles! – devem ser corajosos na tomada de decisões.

PARÊNTESES

Usam-se parênteses:

a) Para indicar informação acessória:

A ONU (Organização das Nações Unidas) reúne a maior parte dos países do mundo.

b) Nas citações, indicar a fonte:

“Antes cair das nuvens que de um terceiro andar de um prédio”
(Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas)

c) Demarcar comentário textual, em função análoga à do
travessão. Contudo, seu uso denotará inferioridade à ideia exposta:

Estava tudo errado (pelo menos, ele pensava assim), pois havia gente demais ali.

RETICÊNCIAS

Pode indicar:

a) a suspensão do discurso de maneira intencional, levando o leitor a completar o raciocínio ou imaginar-lhe a consequência/continuação:

Nos mais diversos países os corruptos são punidos. Mas, no Brasil…

b) indicar hesitação, nervosismo ou dificuldade na articulação das ideias de uma personagem:

– É… bom… não é isso que você está pensando… eu… eu… desculpa!

c) indicar continuidade de uma sequência enumerativa:

Nos finais de semana, ia à fazenda do avô e fazia um sem-número de atividades: brincava, passeava a cavalo, ordenhava as vacas…

ASPAS

As aspas são usadas:

a) para marcar o início e o final de uma citação ou fala:

Um velho amigo me dizia: “prudência e canja de galinha nunca fizeram mal à ninguém…”

OBSERVAÇÃO

Se o sinal de pontuação ao final de uma citação pertencer à citação, deve ficar dentro das aspas. Caso contrário, deve-se fechá-las e depois pontuar.

b) para destacar um termo que não pertença ao registro do texto, como gírias, palavras estrangeiras, arcaísmos,
neologismos etc.:

Um dos grandes problemas da economia brasileira é a alta taxa de “spread” praticada no mercado.

OBSERVAÇÃO

Atualmente é comum que essa identificação seja feita pelo uso de recursos de fontes como itálico (mais comum)
ou negrito.

c) para conferir outro sentido à expressão, marcando ironias, sarcasmos ou intenções subentendidas:

Com essas atitudes é bem fácil ser “amado” pelos amigos.

d) para indicar o título de uma obra:

O filme “O Pagador de Promessas” foi a produção brasileira mais premiada nos festivais internacionais.

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