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SEQUENCIADORES II: CONJUNÇÕES

SEQUENCIADORES II: CONJUNÇÕES

Conjunção é a palavra ou expressão invariável, de valor puramente gramatical, que serve para conectar duas orações ou termos de idêntica função, estabelecendo uma relação de
coordenação ou subordinação.

É importante perceber que a “ordenação” sintática é de fundamental valor para o estudo das conjunções. Quando os termos não dependem uns dos outros, dizemos que estão em sequência, uma “ordem conjunta”, daí o nome coordenação. Já quando há dependência (por exemplo, uma oração passa a exercer o papel de objeto direto de outra oração) existe uma “sub” ordenação, ou seja, uma subordinação.

CONJUNÇÕES COORDENATIVAS

São aquelas que unem dois membros de mesma função de uma oração, duas orações independentes sintaticamente ou, até mesmo, dois períodos. A coordenação estabelece uma união bastante relevante quanto às questões semânticas dos termos, sem criar dependências sintáticas fortes. São divididas em cinco tipos:

Aditivas

Conjunções aditivas indicam um mero acréscimo de informação a um enunciado, porém, deve-se ter atenção aos usos comuns deste tipo de conjunção, pois, muitas das vezes, a significação pode não corresponder a sua categoria sintática. Veja o exemplo de Graciliano em que existe a ideia de adição e o segundo exemplo, de Clarice, em que a conjunção indica, na verdade, oposição:

Fabiano aligeirou o passo, esqueceu a fome, a canseira e os ferimentos.
(Graciliano Ramos)

Ele procurava e não via.
(Clarice Lispector)

Adversativas

As conjunções adversativas introduzem uma oposição forte, capaz de anular semanticamente outra oração. É essa a noção de adversidade: um acontecimento contrário a outro, que pode, inclusive, anular o sentido do enunciado anterior.

Ordinariamente andavam pouco, mas como haviam repousado bastante na areia do rio seco, a viagem
progredira bem três léguas.
(Graciliano Ramos)

Alternativas

As conjunções alternativas abrem a possibilidade para dois entendimentos: o primeiro com a indicação simples de alternância, caso em que se elencam dois ou mais acontecimentos que ocorrem naquela ordem, sem jamais serem simultâneos; e o segundo com a indicação de possibilidades de escolha, isto é, apresenta uma série de opções (alternativas) possíveis a situação.

Ora aquela menina ria, ora chorava.

Quando as possibilidades de escolha não são excludentes, temos uma alternativa “optativa” (como no primeiro exemplo abaixo); quando existe a exclusão entre as opções, temos uma alternativa “dilemática” ( como no segundo exemplo abaixo).

Paris ou Roma são excelentes destinos para uma viagem de férias.

Brasil ou Alemanha será o vencedor do Campeonato Mundial.

Conclusivas

Aquelas classificadas como conclusivas demonstram o resultado de um pensamento, o remate de um raciocínio lógico.

“…mudou o velho de cadeira e sentou-se exatamente diante de mim, dando-me portanto as costas.”
(Joaquim Manoel de Macedo)

Explicativas

Por fim, as explicativas fornecem uma explicação a outro termo, uma justificativa de uma ação ou acontecimento.

“Quando você tocar sua espada, que ela jamais fique muito tempo na bainha, porque há de enferrujar.”
(Paulo Coelho)

POIS

O caso do “pois” merece atenção, por se tratar de uma conjunção ora classificada como explicativa, ora como conclusiva. Quando o “pois” precede o verbo da oração da qual faz parte, apresenta valor explicativo; quando vem depois da forma verbal, apresenta valor conclusivo.

Não passei no concurso, pois não estudei.
(explicativo, antes do verbo estudar)

Não estudei; não passei, pois, no concurso.
(conclusivo, após o verbo passar)

CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS

São aquelas que têm por função “subordinar” uma oração a outra, ou a qualquer membro do período. Isso significa que estas conjunções auxiliam na criação de uma dependência sintática entre o termo subordinado e o termo regente ou principal. Mesmo que a forte ligação sintática seja sua principal característica, seu papel argumentativo e na construção de sentidos é também muito relevante na construção dos enunciados. São divididas em dez tipos:

Causais

As causais indicam a razão pela qual um acontecimento enunciado ocorre.

“…o despotismo científico do alienista complicava-se do espírito de ganância, visto que os loucos, ou supostos tais, não eram tratados de graça…”
(Machado de Assis)

Comparativas

As comparativas estabelecem um ponto que traça um paralelo entre dois elementos.

“A vida ensina sempre mais do que o Estranho Caminho de Santiago.”
(Paulo Coelho)

Concessivas

A conjunção concessiva caracteriza-se por estabelecer uma oposição entre dois enunciados sem contudo fazer com que esta oposição seja forte para anular quaisquer dos acontecimentos apresentados.

“No teatro a pulga não falta, no baile também salteia, e assalta, embora menos frequente”
(Joaquim Manuel de Macedo)

Condicionais

As conjunções condicionais são também conhecidas como hipotéticas, pois introduzem um enunciado que funciona como condição ou hipótese para outro acontecimento.

“Se você demorar, eu não vou te procurar.”
(Fat Family)

Conformativas

Conformativas são conjunções que estabelecem um tipo especial de comparação, a conformidade. Neste caso, um enunciado mostra-se de acordo com algum padrão estabelecido.

“Estava vendo o rosto do meu anjo, conforme Petrus havia falado.”
(Paulo Coelho)

Consecutivas

As conjunções consecutivas apresentam uma consequência do enunciado ao qual se subordinam.

“Ali andavam entre eles três ou quatro moças bem novinhas e gentis, com cabelo mui pretos e compridos pelas costas e suas vergonhas tão altas e tão saradinhas e tão limpas das cabeleiras que de as nós muito bem olharmos não tínhamos nenhuma vergonha.”
(Pero Vaz de Caminha)

Finais

As finais indicam a finalidade de um enunciado, o efeito que decorre deste acontecimento.

“Com todo o cuidado me ajeitei para que o tronco ficasse na minha coluna”
(Paulo Coelho)

Integrantes

A conjunção integrante não apresenta forte carga semântica, limitando-se a ser um operador sintático entre orações.

“Não sei se o mundo é bom”
(Nando Reis)

Proporcionais

Conjunções proporcionais estabelecem uma relação aproximativa entre dois elementos ou orações, nos quais um dos elementos depende qualitativa ou quantitativamente de outro.

“O homem nasceu para aprender. Aprender tanto quanto a vida lhe permita.”
Temporais (Guimarães Rosa)

Temporais

Por fim, as conjunções temporais estabelecem um marco temporal em relação a outro enunciado, que pode ser de simultaneidade, sequencialidade ou de afastamento.

“Quando você foi embora Fez-se noite em meu viver”
(Milton Nascimento)

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