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PERÍODO SIMPLES IV – COMPLEMENTO NOMINAL E ADJUNTO ADNOMINAL, APOSTO E VOCATIVO

PERÍODO SIMPLES IV – COMPLEMENTO NOMINAL E ADJUNTO ADNOMINAL, APOSTO E VOCATIVO

Aprenda sobre Complemento Nominal e Adjunto Adnominal, Aposto e Vocativo. 

OS NOMES E SUAS RELAÇÕES

Os nomes têm suas relações gramaticais normalmente regidas pela noção nome de coisa + característica da coisa, em um claro processo de adjetivação que se verifica tanto nos predicativos quanto nos adjuntos adnominais. Ora, há outra categoria de termo que se liga a um nome, o complemento nominal, e que desempenha função distinta, pois, em lugar de qualificar ou caracterizar, complementa o sentido do nome, sem o qual careceria de um sentido completo.

Isso quer dizer que há certa transitividade em alguns nomes, normalmente aqueles derivados de verbos que, assim, “pediriam” um complemento:

O chefe resolveu a resolução do chefe

A polícia prendeu o marginal → a prisão do marginal pela polícia.

Conversei com meu pai → Tive uma conversa com meu pai.

Respondi aos críticos → minha resposta aos críticos.

Além dos nomes ligados de alguma forma aos sentidos verbais que lhe são correlacionados, os adjetivos e os advérbios também podem apresentar tais complementações substantivas.

A praça estava cheia de manifestantes.

A Justiça declarou que nada poderia fazer relacionadamente a nosso caso.

COMPLEMENTO NOMINAL

Diante de tudo o que vimos anteriormente, fica fácil definir o complemento nominal como o termo preposicionado de valor substantivo que complementa o sentido transitivo dos substantivos abstratos, dos adjetivos e dos advérbios.

É muito comum a confusão entre o complemento nominal e o adjunto adnominal, especialmente quando este último vem expresso por uma locução adjetiva; de maneira a facilitar tal distinção, observe a tabela abaixo:

A invenção do avião foi sensacional.

A expressão “do avião” complementa o sentido do substantivo abstrato “invenção”. Pode-se perceber seu papel “paciente”, fazendo a comparação com o verbo: ”o avião foi inventado”. Compare com a frase:

A invenção de Santos Dumont foi sensacional.

Nesse caso, a expressão “de Santos Dumont” caracteriza a “invenção”, o termo exerce uma função de “agente”: “Santos Dumont inventou”.

O APOSTO

O aposto é um termo substantivo (representado por um substantivo ou equivalente) que se liga ao núcleo de um termo nominal de maneira especificativa, explicativa ou ainda conferindo-lhe algum outro valor semântico. Pode-se considerá-lo como o “nome” que se dá a outro nome, já que se diferencia do adjunto adnominal exatamente por não conferir característica, mas apenas nomear outro nome.

Normalmente, o termo encontra-se à margem da construção oracional, razão pela qual muitos gramáticos afirmam inclusive a possibilidade de o aposto ser retirado sem que haja prejuízo à frase. Contudo, há inúmeros exemplos que desabonam tal posição simplista, reafirmando a importância do termo, tanto no plano sintático quanto no semântico.

Tomemos como exemplo duas orações:

O rio São Francisco é vital para o Nordeste brasileiro.

Roberto Carlos, cantor romântico, goza de prestígio entre os admiradores de música.

Na primeira oração, o termo São Francisco liga-se diretamente ao nome rio e restringe-lhe seu sentido amplo, comparável a um adjetivo. Contudo, em lugar de a redução do sentido ser causada por uma caracterização, o aposto nomeia o rio, sem qualificá-lo ou expressar qualquer juízo. Apenas fornece, substantivamente, o nome do rio do qual se fala.

Na segunda oração, o termo sublinhado apenas explica o conceito do termo ao qual se liga, de maneira a adicionar informação acessória, razão pela qual é, geralmente, marcado por pausa. Ainda assim, é importante afirmar que o aposto fornece uma informação de caráter substantivo sem qualificar ou caracterizar; no caso do exemplo, indica o cargo ocupado pela pessoa de quem se fala. Assim, por seus diversos valores, pode-se classificar o aposto em:

• especificativo (ou nominativo):

O professor Bechara é o mais renomado gramático brasileiro.

• explicativo:

Brasil, o país do futuro, anda preso aos problemas do passado.

• enumerativo:

Os seres humanos deveriam ter três qualidades obrigatórias: tolerância, gentileza e competência.

• distributivo:

Um na poesia e outro na prosa, Drummond e Machado foram gênios de nossa Literatura.

• circunstancial:

A Tite, como treinador, cabe a convocação da equipe brasileira.

• recapitulativo (ou resumitivo):

História, Matemática, Física, Química, tudo parecia fácil para aquele aluno.

APOSTO X ADJUNTO ADNOMINAL

É bastante frequente que o aposto especificativo venha introduzido por preposição de, principalmente no caso de nomes de instituições, ruas, praças, avenidas ou mesmo de acidentes geográficos, como em Hospital do Câncer, Praça das Nações, Ilha de Paquetá, Cidade do Rio de Janeiro

Essas construções assemelham-se bastante às locuções adjetivas, que funcionariam como adjuntos adnominais preposicionados. Contudo, mais uma vez, o valor substantivo que se impõe nos casos apositivos não deixa margem a dúvidas. Perceba que não se pode conceber “do câncer” como característica do hospital, ou mesmo sua substituição – absurda – por um adjetivo equivalente: Hospital canceroso. Em todos os outros exemplos dá-se o mesmo.

Mais que isso, pode-se também afirmar que, em todas as expressões especificativas do aposto, temos a referência a apenas um conteúdo semântico referido, isto é, os termos referem-se exatamente a mesma ideia: ilha e Paquetá possuem a mesma referência semântica, tal qual cidade e Rio de Janeiro.

O VOCATIVO

O vocativo é uma unidade frásica à parte da análise sintática, por não fazer parte da organização estrutural da oração. Seu valor é meramente exclamativo, cumprindo uma função apelativa a um interlocutor. Requerendo obrigatoriamente uma pausa e apresentando-se separado da oração por meio da entoação exclamativa, é marcado graficamente pela vírgula ou pelo ponto de exclamação.
O vocativo é usado para chamar ou colocar em evidência a pessoa ou coisa a qual se refere, podendo ser precedido pela interjeição ó principalmente nas obras clássicas ou de apelo estético mais refinado.

Henrique, venha cá!

Felicidade, onde te escondes?

“Deus, ó Deus, onde estás que não respondes?”
(Castro Alves)

Em alguns casos é necessária a atenção para que não se confunda o vocativo com o aposto, já que a construção entre vírgulas pode induzir o aluno ao erro, como em: “Você, meu aluno, deve estudar mais.” O termo “meu aluno”, antes de nomear o pronome você, cumpre a função apelativa, ligando-se ao imperativo da forma verbal.

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