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PERÍODO SIMPLES I: SUJEITO

PERÍODO SIMPLES I: SUJEITO

Aprenda sobre Período Simples: Sujeito. 

OS SINTAGMAS

As orações organizam-se em unidades sintático-semânticas dentro de estruturas produzidas através das regras de combinação da língua portuguesa. Essas unidades recebem o nome de sintagmas, isto é, unidades consecutivas que funcionam como determinadas e determinantes, estabelecendo uma relação necessária de subordinação entre eles.

Tomemos como exemplo a oração abaixo:

O filho do dono da padaria comprou um carro e uma motocicleta.

Vamos dividi-la em seus constituintes oracionais. Primeiro, achamos dois sintagmas:

Esses dois termos formam os componentes básicos de uma oração: 1- o sintagma nominal que, nesse caso, corresponde ao sujeito; e 2- o sintagma verbal, correspondendo ao predicado. Perceba, também, que dentro desses dois sintagmas as relações de dependência ainda ocorrem, organizando os termos ao redor de seus núcleos:

Não nos alongaremos sobre as teorias que definem, classificam e delimitam os sintagmas. É importante, contudo, que você perceba como esses “blocos funcionais” organizam-se na oração, desempenhando diferentes funções.

OS TERMOS DA ORAÇÃO

Observe o quadrinho abaixo:

Para cada núcleo verbal existente nas falas da personagem, haverá uma oração. E em cada uma delas, consequentemente, haverá sintagmas que se relacionam entre si. Os termos da oração constituem a nomenclatura oficial de classificação dos elementos que constituem esse tipo de enunciado.

A Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) classifica os termos em três ordens, hierarquicamente posicionados: essenciais, integrantes e acessórios.

TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO

• Sujeito
• Predicado

TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO

• Complemento verbal (objeto)
• Complemento nominal
• Predicativo
• Agente da passiva

TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO

• Adjunto adnominal
• Adjunto adverbial
• Aposto

VOCATIVO

OBSERVAÇÃO

Apesar de alguns autores relacionarem o vocativo como um termo acessório, não nos parece ser essa sua
classificação mais correta, já que o termo não faz parte da estrutura oracional, funcionando como elemento de interlocução meramente exclamativo.

O TERMO ESSENCIAL PRIMEIRO: O SUJEITO.

Formulando um conceito baseado em aspectos sintáticos, classifica-se como sujeito o termo nominal “a que o verbo faz referência e com o qual, em princípio, este concordará.” (LEITÃO, 1998). Por essa definição, temos uma relação estritamente gramatical, na qual o termo sujeito é uma explicitação léxica do sujeito expresso pelo verbo. Daí pode-se afirmar que a flexão do verbo denuncia o sujeito, estando ele explícito ou elíptico na oração.

TEXTO

Carlos — Tive um pesadelo horrível! Sonhei que você pegou o coelho de pelúcia da Rafaela e deu um baita nó nas orelhas dele!
Joaquim — Ué, e qual foi o pesadelo?
Carlos — Eu era o coelho!

Veja que a fala de Carlos apresenta os verbos “tive” e “sonhei”, que denunciam o sujeito gramatical “eu”, a primeira pessoa gramatical. É claro que podemos entender o sujeito através de uma noção mais “semântica”, ou seja, o sujeito é aquele sobre o qual se faz uma declaração; mas, nestes casos, devemos ficar atentos, pois algumas compreensões equivocadas podem surgir, já que a classificação oficial é baseada no rigor sintático.

O sujeito é um termo cujo núcleo sempre será representado por um substantivo, pronome, numeral e expressões substantivadas, incluindo-se nesta lista as orações que exercerem papel substantivo. Como termo determinado, aceita termos determinantes anteriores (pré-determinantes) ou posteriores (pós-determinantes), que normalmente são representados pelos artigos, adjetivos, pronomes demonstrativos, pronomes possessivos e numerais.
Assim, podemos resumir as seguintes características do sujeito:

• concorda com o verbo;

• é sobre quem se fala algo;

• apresenta-se, geralmente, com um núcleo de valor substantivo ou pronominal.

CLASSIFICANDO O SUJEITO

A NGB classifica o sujeito pela sua existência semântico-sintática na oração e sua possibilidade de determinação. Sendo assim, teremos:

SUJEITOS DETERMINADOS

Orações que apresentam um termo que funciona gramaticalmente como sujeito ou logicamente como tal, ainda que não expresso no período. Quando se pode determinar quem é o sujeito, não importando se explícita ou implicitamente, basta contar a quantidade de núcleos que possui para que se classifique como simples ou composto. Imagine a tarefa de classificar o sujeito das orações abaixo:

“A minha cama é uma folha de jornal”
(Noel Rosa)

“Eu queria jogar
Mas perdi a aposta”
(Titãs)

“Matogrosso e o Joca deixaram o bairro da Luz
E montaram a maloca em Oswaldo Cruz”
(Conforte/Cestari)

No primeiro exemplo, ao se perguntar ao verbo “quem é uma folha de jornal?”, obtém-se como resposta o termo “a minha cama”. Ora, como só há um núcleo no sujeito, dizemos que se classifica como simples. No segundo, há duas orações: a primeira apresenta o sujeito pronominal “eu”, de apenas um núcleo, sendo, portanto, sujeito simples; já a segunda apresenta a elipse do pronome “eu”, dando origem ao que muitos autores classificam como sujeito oculto. Por fim, o terceiro exemplo apresenta mais duas orações: na primeira, o sujeito é composto por apresentar dois núcleos (Matogrosso e o Joca); na segunda oração, os termos que servem de sujeito estão elípticos, formando mais um caso de sujeito oculto.

O sujeito oculto é um caso controverso na gramática: se, por um lado, representa um fenômeno válido na sintaxe, a elipse do sujeito; por outro, não é acolhido pela nomenclatura oficial. Portanto, nos concursos não se utiliza tal terminologia. Ora, e como o classificaremos? A resposta é simples: já que podemos determinar o núcleo desses sujeitos, classificaremo-los como determinados simples ou compostos, conforme a elipse do termo. Assim, na música dos Titãs, a segunda oração teria um sujeito determinado simples, “eu”; e na música de Conforte e Cestari, um sujeito composto, Matogrosso e o Joca.

Ainda há uma possibilidade de o sujeito simples ser expresso por um pronome oblíquo, algo incomum na língua, em um caso que pode-se chamar de sujeito “acusativo”, em referência à função exercida pelo pronome na língua latina.

Mandaram-me entrar.

Repare que “me” é o complemento do primeiro verbo: “mandaram a mim”. Ao mesmo tempo, “me” representa o “eu” sujeito do verbo entrar: “que eu entrasse”. Desta maneira, ao mesmo tempo em que é complemento do primeiro verbo, funcionam como sujeito simples do segundo.

SUJEITO INDETERMINADO

Ocorre quando não é possível ou não se deseja indicar o sujeito da oração. Sua construção se faz através de dois recursos principais:

• Verbo intransitivo/ transitivo indireto na 3ª pessoa do singular + se (índice de indeterminação do sujeito).

Necessita-se de funcionários.
Trabalha-se muito no país

• Verbo na 3ª pessoa do plural, não referenciado no texto a nenhum termo substantivo.

“Foi a mais linda
História de amor
Que me contaram
(Jorge Benjor)

Alguns autores apontam também casos de verbos no infinitivo pessoal, nos quais é impossível a determinação de um sujeito, como nos casos abaixo:

“Navegar é preciso
Viver não é preciso.”
(Fernando Pessoa)

ORAÇÃO SEM SUJEITO

Dizemos que uma oração não possui sujeito quando seu verbo não faz referência a termo algum, sendo chamado impessoal. Assim, a oração apresenta apenas o predicado, uma declaração sem que haja sujeito de referência. Vejamos os principais casos de impessoalidade verbal:

• Verbos e expressões que indicam fenômenos naturais, ou condições climáticas:

“Solidão a dois de dia, faz calor, depois faz frio”
(Cazuza)

• Verbo haver indicando existência:

“Não há mais o que falar”
(KLB)

• Verbos fazer e haver, nas indicações de tempo decorrido:

“Faz tanto tempo que a gente não fala mais de amor”
(José Augusto)

• Verbo ser indicando tempo:

“Agora é tarde como eu fui bobo em vacilar

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