RELAÇÕES DE TRABALHO
Aprenda sobre Relações de trabalho.
CAPITALISMO E AS TRANSFORMAÇÕES NO TRABALHO
O trabalho como parte fundamental de nossa realidade trouxe intensa vivência social, gerando grande importância na vida de cada indivíduo. Dessa forma, deixou de ser um relacionamento puramente ligado à renda, passando a ser parte da personalidade dos indivíduos.
Os diversos momentos do capitalismo geraram mudanças nas perspectivas em relação ao trabalho, que foi modificado, alterado e reformulado diversas vezes, trazendo novas possibilidades de vivência para os seres humanos. Portanto, é fundamental compreender de quais formas as transformações relativas ao capitalismo foram decisivas para o modo como foi e como ainda é entendida a ideia de trabalho nas diferentes sociedades.
FASE DO CAPITALISMO COMERCIAL OU PRÉ-CAPITALISMO
Entre os séculos XV e XVIII, essa fase teve início com as grandes navegações e a expansão marítima europeia, quando a burguesia mercantil pretendia buscar mercados em outros lugares fora do continente. Nessa fase, as características marcantes do capitalismo foram: moeda que substituía o sistema de trocas, fortalecimento do poder da burguesia, introdução de mão de obra assalariada, busca de lucros e mudança de pensamento: a lógica é racional e materialista.
FASE DO CAPITALISMO INDUSTRIAL
Iniciou-se em meados do século XVIII e teve a máquina como meio de produção fazendo o trabalho que antes era realizado pelos artesãos. Essa fase começou na Inglaterra, aumentou as desigualdades, acentuou as diferenças de classe que caminhavam para a concentração de renda, além de desemprego e, em contrapartida, queda no preço dos produtos.
⇫ Fábricas da BASF em Ludwigshafen, Alemanha – 1881. ⇫
Autor: Robert Friedrich Stieler (1847–1908)
FASE DO CAPITALISMO MONOPOLISTA-FINANCEIRO
Fase que se iniciou no fim do século XIX, depois da 2ª Revolução Industrial, quando países altamente industrializados acumularam muito capital e pretendiam – como assim o fizeram – explorar áreas até então não industrializadas nem capitalizadas como a África e alguns países da Ásia.
Essas regiões foram usadas como espaços de deslocamento desse capital excedente, busca por mão de obra barata, busca por matérias-primas etc. Essa empreitada ficou conhecida como Imperialismo, dando lugar a uma modalidade capitalista em que o capital bancário se aliava ao capital industrial, presente nas grandes corporações financeiras e no mercado globalizado no qual ainda estamos de certa forma inseridos.
FASE DO CAPITALISMO ESPECULATIVO
Fase que tem como principal símbolo o mercado de ações, o sistema de especulação na Bolsa de Valores, das Bolsas Eletrônicas e dos sistemas de negociação virtual e de “papéis” que ocorrem em tempo real, conectado por sistemas de informação e fusões que produzem os chamados oligopólios financeiros que fazem o capital ter caráter global.
⇫ Bolsa de Valores de Nova Iorque ⇫
O ponto-chave é que a globalização permitiu que grandes corporações produzissem suas mercadorias em diversas partes do mundo buscando a redução de custos. Essas empresas, dentro de uma economia de mercado, vendem seus produtos a diversos países mantendo um comércio ativo de grandes proporções. A própria informatização acelera a circulação de serviços e mercadorias.
A informatização elevou a produção a níveis nunca vistos, ao mesmo tempo em que instaurou um processo de substituição da mão de obra pela máquina, fazendo com que o sistema capitalista mundial esteja produzindo cada vez mais sem empregar e, consequentemente, sem ter a quem vender. Pelo fato de o capitalismo contemporâneo se basear justamente na generalização da forma-mercadoria, esse paradoxo elevou a concorrência e a competitividade à condição de elementos-chave do sistema. Por isso, a formação de blocos econômicos foi uma primeira saída para enfrentar a escassez de mercado, protegendo e dinamizando os mercados intrablocos e aumentando o poder de inserção concorrencial interblocos.