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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO

A comunicação sempre fez parte das sociedades humanas e, de forma decisiva, essa capacidade comunicativa construiu a evolução humana e seus modelos de organização social. Ao longo do tempo, as informações que eram passadas de forma oral materializaram-se pela escrita e constituíram um patrimônio cultural que era passado de geração a geração.

As formas de comunicar e de informar foram evoluindo ao longo dos séculos. Rochas, tábuas, papiros, a humanidade desenvolvia novas tecnologias que permitiam o armazenamento, a transmissão e o acesso a informações. Legiões de copistas reproduziam livros manualmente até serem suplantados pelos tipos móveis da prensa de Gutemberg. Em passagens de tempo cada vez mais curtas, os conhecimentos se multiplicavam, as informações produziam cada vez mais livros, revistas, panfletos e jornais.

Ideologias manifestavam-se, leis tornavam-se conhecidas e, ao mesmo tempo, não eram poucas as tentativas de impedir o acesso a esses conhecimentos: proibições de publicações ou mesmo de instalação de gráficas conviviam com listas de livros censurados para determinados públicos, crenças e povos. A informação e o conhecimento conferiam poder a quem os possuía e apresentava-se como um perigo caso fosse disseminado.

Mas as revoluções do engenho humano não podem ser paradas e dia após dia, década após década, surgiam mais inventos, mais possibilidades para a disseminação do conhecimento. O letramento foi ampliado em inúmeras sociedades, as artes levavam mensagens ideológicas e definiam nacionalidades, grupos se organizavam, difundiam suas ideias e mesmo comunicavam-se de forma cifrada.

O século XX trouxe o rádio e a televisão como meios de comunicação de massa.  O desenvolvimento dessas novas tecnologias permitiu que o acesso à informação se tornasse fácil e rápido. Por outro lado, acentuou o poder daqueles que comandavam esses meios: quem domina a informação, domina a sociedade.

Esses modelos de comunicação funcionam em uma única direção: o emissor lança as informações para milhões de espectadores. A informação virou um produto de consumo e, com ele, toda a ideologia subjacente a quem produz o discurso. Uma das verdades incontestáveis é aquela que postula a inexistência de um discurso neutro. Todos, desde os donos dos meios de comunicação ao redator de um texto, possuem alguma intenção ao produzir seus discursos. Desta forma, jornais, telenovelas, filmes e tantos outros “produtos” apresentam bem mais do que aquilo que sua superfície discursiva faz notar; existem comportamentos, ideias e visões que são expostas de maneira a influenciar a visão da sociedade e sua própria construção cultural.

Em meio a um cenário de expansão de todas essas formas de comunicação, empresas investem em comerciais para alavancar vendas de seus produtos ou simplesmente fazer propaganda de suas marcas e das suas propostas de estilo de vida. A sociedade é bombardeada cada vez mais com mais informação e entender na plenitude os significados das mensagens passou a ser um desafio para cada indivíduo.

Se em séculos anteriores seria possível que um indivíduo conhecesse praticamente toda a produção de conhecimento reunida nos livros, isso se tornou impossível na contemporaneidade. A produção de conhecimento e informações atingiu níveis que jamais possibilitarão a um indivíduo conhecer nem sequer a milésima parte daquilo que se produziu.

O final do século XX ainda assistiu a uma nova revolução, a Internet. Com a popularização dos computadores, os meios digitais associados em rede trouxeram uma nova visão à construção de conhecimentos. O espectador, antes passivo diante dos meios de comunicação, passava a colaborador ativo na transmissão de informações por meio de redes sociais e tantos outras ferramentas que são criadas quase que diariamente.

O centro de poder da informação foi abalado, com a horizontalização do domínio dos saberes e a influência de pessoas comuns sobre a sociedade, independentemente de aparecer nos grandes meios de comunicação de massa. Hoje, indivíduos contam com milhões de seguidores que lhes acompanham os pensamentos, ideologias e tantos outros conteúdos que são veiculados.

A cultura audiovisual eletrônica da atualidade proporciona à sociedade, sobretudo aos jovens, outras informações, novos ou velhos valores, diferentes saberes resultando em uma nova forma de ler e compreender o mundo em que vivem.

Atualmente as tecnologias passam despercebidas na vida cotidiana, por já estarem completamente adaptadas à cultura, de forma que as atividades mais comuns são realizadas com produtos, equipamentos e processos projetados especificamente para efetivá-las. Existe uma impressão de que todas as ações humanas sempre foram feitas da maneira como hoje são realizadas ou que estas são as formas mais corretas de se realizá-las. Muitas vezes, a constante inovação causa a aceitação de uma realidade como se ela sempre tivesse sido assim.

Professores, estudiosos e outras referências não são mais os detentores exclusivos do conhecimento e as bibliotecas virtualizaram-se, estando disponíveis a um clique do mouse ou a um toque na tela. Da mesma forma, pela velocidade do mundo atual, vendem-se resumos e superficialidades como substitutos de antigos conhecimentos.

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A integração cada vez maior de indivíduos em redes colaborativas ou sociais possibilita o compartilhamento de visões pessoais ao lado de impressões subjetivas tomadas como fatos. Como tudo o que se produz está subordinado à ideologia, não são poucas as vezes que opiniões são colocadas a serviço de interesses comerciais ou políticos de maneira a ignorar e contraria fatos, fazendo informações falsas circularem livremente e alcançarem status de verdade para boa parcela da população. A era da informação é também a era das fake news.

Por tudo isso, estar atento aos sistemas de informação e comunicação, conhecer seu funcionamento e entender a forma como se constroem os discursos é fundamental para ser um bom leitor na sociedade moderna, que oferece tantas informações e conhecimentos ao mesmo tempo em que permite a existência de armadilhas que capturam os incautos para a difusão de ideias estranhas ao próprio indivíduo.

Entre os recursos para a construção dos discursos, estão as imagens, as formas e as próprias cores utilizadas na linguagem visual. Figuras de linguagem, palavras-chave e desconstruções semânticas exprimem outro lado na forma de estruturar informações para atrair leitores. Mas talvez nada se compare com a revolução provocada pelo hipertexto, conceito que possibilitou a construção de uma nova maneira de se relacionar com as informações.

Sua importância advém do fato de estabelecer um processo de enunciação não linear e não hierarquizada, possibilitando ao leitor a multiplicidade de direções em sua leitura, permitindo a formação de uma trama textual, sem que haja sequências ou regras impostas à leitura. Nesse modelo de diálogo a construção interdiscursiva não depende apenas do enunciador, pois o papel do interlocutor é ativo, construindo sua própria cadeia relacional, gerando conexões que orientam sua própria forma de entender os discursos.

Esses “saltos” são possibilitados por links, espécies de nós que conectam discursos. Essa ideia – longe de ser algo contemporâneo (foi enunciada em 1945, por Vannevar Bush, apesar de o termo hipertexto só aparecer nos anos sessenta) – parte da concepção de que nossos pensamentos, ideologias e enunciados não se organizam de maneira hierárquica, mas formando teias em que se associam concepções culturais, sociais e individuais. Essa rede é formada por nossos conhecimentos e pelos quais saltamos intuitivamente, interagindo de maneira interdiscursiva e intertextual de maneira associativa, não linear.

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