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O preconceito contra estrangeiros na sociedade brasileira

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “O preconceito contra estrangeiros na sociedade brasileira”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO 1

Em São Paulo, foi criada uma coordenação de políticas para imigrantes dentro da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania e desenvolvida uma PL de Políticas para Imigrantes. Porém, o ódio a esses grupos vem crescendo. No dia 2 de maio, por exemplo, aconteceu uma Marcha Anti-Imigração na Avenida Paulista, em São Paulo, demostrando o quanto o discurso de ódio em relação a povos já marginalizados se acentua no País.

Na ocasião, imigrantes palestinos que se opuseram à marcha foram agredidos e detidos pela polícia. É inadmissível que as pessoas defendam a marcha anti-imigrante com o argumento de liberdade de expressão ou como se isso não culminasse, de fato, em violência.

Há uma grande diferença entre liberdade de expressão e discurso de ódio. Liberdade não é um direito absoluto. Como diz Judith Butler: “A linguagem opressora do discurso de ódio não é mera representação de uma ideia odiosa; ela é em si mesma uma conduta violenta, que visa submeter o outro, desconstruindo sua própria condição de sujeito, arrancando-o do seu contexto e colocando-o em outro onde paira a ameaça de uma violência real a ser cometida – uma verdadeira ameaça, por certo”.

(Adaptado de https://www.cartacapital.com.br/revista/953/no-brasil-o-odio-aos-imigrantes)

TEXTO 2

IMIGRANTES HAITIANOS SOFREM COM XENOFOBIA NO TRABALHO

Frases racistas e agressões são comuns contra estrangeiros; maioria não denuncia por medo

Ofensas racistas e preconceitos são comuns no cotidiano dos haitianos que trabalham em empresas de Belo Horizonte e região metropolitana da capital. É o que mostrou uma pesquisa realizada pelo programa Cidade e Alteridade da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), divulgada no fim do mês passado.

A equipe de pesquisadores ouviu 110 dos cerca de 5.000 haitianos que moram na região metropolitana de BH e constatou que 60% dos homens entrevistados e 100% das mulheres sofrem xenofobia e outras formas de preconceito no local de trabalho. A primeira fase do estudo foi feita entre fevereiro e outubro, para investigar o tema “Inserção Laboral de Haitianos e Bolivianos”.

Na opinião dos imigrantes, a situação ocorre porque eles vieram de um país pobre e percorrem o Brasil em busca de emprego. Por causa da dificuldade com o idioma, os entrevistados têm dificuldades em detalhar por quais cidades já passaram.

Anivain Pierre Paul, 34, está há cinco anos no país e, desde então, tem sofrido com a xenofobia calado. “Já me chamaram de burro, chifrudo e macaco. Há duas semanas, um ajudante de pedreiro da empresa quis que eu lhe desse a pá que usava para retirar a areia do caminhão. Eu disse que não. Só porque sou haitiano, ele me deu um empurrão. Não fiz nada. Se fosse no meu país, eu poderia ter brigado, mas aqui preciso trabalhar. Só chorei”, lamentou. O imigrante nunca reclamou da situação. “Se eu relatar, vão inventar que eu não gosto de trabalhar”, desabafou.

Outro haitiano, de 34 anos, que falou sob anonimato, está há três anos no Brasil. Ele tem adotado a resiliência para suportar a discriminação. “São poucos brasileiros que valorizam o estrangeiro, muitos não têm educação. Eu aceito a humilhação para crescer e, por isso, não respondo. Meu sentimento é de não ficar mais no Brasil”, revelou. O caribenho revelou ainda que percebe um tratamento diferente para outros estrangeiros. “Se for americano ou francês, é muito diferente. Os brasileiros acham que nós (haitianos) não temos capacidade”, relatou. Análise. O advogado e historiador Gilberto da Silva Pereira concorda que a tolerância do brasileiro com estrangeiros é seletiva, já que, durante anos, a imigração europeia foi incentivada no país. “O Brasil sempre foi receptivo com europeus. Já os haitianos e os bolivianos são vistos como mão de obra mais barata”, disse. Segundo a pesquisadora Giselle Corrêa, uma das responsáveis pelo estudo, os imigrantes levam um choque porque nunca sofreram com racismo em seu país. “Eles ficam muito surpresos, porque, no Haiti, a maioria da população é negra”, analisou. Para a professora de direito internacional da Universidade Fumec e do Centro Universitário UNA Luciana Diniz, a discriminação tem relação com o desconhecimento do brasileiro. “Eles não sabem de onde vêm essas pessoas. Em tempos de crise, os brasileiros pensam que eles (haitianos) vão retirar seus empregos”, explicou. Luciana ressalta, porém, que a discriminação contra imigrantes é um fenômeno mundial. “Brasileiros também passam por preconceito em outros locais. Em todo lugar é assim, infelizmente”, concluiu. (Com Letícia Fontes/Especial para O TEMPO)

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Terremoto

Motivo. A saída de haitianos de sua pátria de origem se intensificou após o terremoto que aconteceu no dia 12 de janeiro de 2010.0 abalo sísmico matou mais de 150 mil pessoas e devastou o país, um dos mais pobres do mundo.

Justiça pode ser acionada por estrangeiros que forem vítimas

Os haitianos que passam por situações de preconceito podem procurar a Justiça para relatar o crime. A maioria desses imigrantes está em dia com a documentação exigida pelas autoridades brasileiras. Segundo a professora de direito internacional da universidade Fumec e do Centro Una Luciana Diniz, os estrangeiros podem, inclusive, requisitar ajuda da Defensoria Pública caso não tenham condições de pagar um advogado. Um entrave é que a maioria dos haitianos não conhece a legislação brasileira. O vice-reitor da faculdade de direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Aziz Tuffi Saliba, informou que, no caso de racismo, a vítima pode chamar, inclusive, a Polícia Militar para relatar o ocorrido. Depois, o boletim de ocorrência segue para investigação da Polícia Civil. “Cada caso precisa ser analisado pontualmente, mas o racismo é um crime”, explicou Saliba. (AD)

https://www.otempo.com.br/cidades/imigrantes-haitianos-sofrem-com-xenofobia-no-trabalho-1.1410725

TEXTO 3

(Disponível em https://www.pragmatismopolitico.com.br/2015/05/cure-se-do-preconceito-contra-imigrantes-negros-e-pobres.html)

TEXTO 4

(SOBRE A IMAGEM ANTERIOR)

Recebi a doce postagem acima em minha página no Facebook. O texto em que estava esse comentário era sobre o naufrágio e morte de milhares de africanos que tentam cruzar o Mar Mediterrâneo em direção à Europa. A foto e o sobrenome foram cortados para não expor o rapaz.

Por Leonardo Sakamoto*

(Disponível em https://www.pragmatismopolitico.com.br/2015/05/cure-se-do-preconceito-contra-imigrantes-negros-e-pobres.html)

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