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DESAFIOS PARA O COMBATE AO ANALFABETISMO NO BRASIL

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Desafios para o combate ao analfabetismo no Brasil”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO 1

ANALFABETISMO NO SÉCULO 21

*João Batista Araujo e Oliveira, O Estado de S.Paulo

27 Janeiro 2018 | 03h06

(…)

No Brasil, o termo e o tema da alfabetização provocam batalhas ideológicas campais, mas pouca ação efetiva. Neste artigo, trato de três aspectos do tema: o sentido original do termo “alfabetizar”, o fenômeno brasileiro do analfabetismo escolar e as consequências de ser alfabetizado. Usaremos os dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) como pano de fundo.

“Alfabetizar” refere-se à capacidade de usar o código alfabético para ler e escrever. Essa é uma habilidade que, na maioria dos países e línguas, se ensina e se aprende no primeiro ano da escola formal. No Brasil, isso não é entendido nem reconhecido pelas autoridades educacionais. O resultado é desastroso.

Num teste aplicado recentemente a alunos dos três primeiros anos de um município com cerca de 150 mil habitantes e nota média na Prova Brasil, apenas 22%, 56% e 78% dos alunos foram capazes de fazer um ditado e escrever frases simples ao final do primeiro, do segundo e do terceiro anos, respectivamente. Não houve consistência alguma nos resultados dentro das escolas ou entre escolas, o que mostra as consequências de deixar a responsabilidade pelo assunto a critério de cada secretaria, escola ou professor.

(…)

Alfabetização funcional é um segundo conceito importante. Mas seu significado varia em cada contexto. Um aluno pode ser considerado “analfabeto funcional” se não for capaz de copiar rápida e corretamente um texto do quadro ao iniciar o segundo ano escolar. Um cidadão comum é considerado analfabeto funcional se não entender o que lê na coluna de pequenos anúncios de um jornal. Por este último critério, quase 70% dos brasileiros com mais de 15 anos são analfabetos funcionais e os menores de 15 anos são analfabetos escolarizados – um neologismo genuinamente nacional.

O terceiro conceito é fornecido pelo Pisa, que distingue oito níveis de compreensão de leitura. Os quatro primeiros níveis do Pisa (1, 1A, 1B, 2) significam que o aluno não é capaz de fazer sentido elementar a partir do que lê. No melhor caso, foi apenas alfabetizado. Em média, 20% dos alunos dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) encontram-se nesse nível ou abaixo dele. O índice do Brasil em 2015 era de 58%. Ou seja, esses brasileiros – e milhões de outros que concluem o ensino médio a cada ano – serão analfabetos funcionais pelo resto de sua vida.

É pouco provável que uma sociedade que não consegue alfabetizar adequadamente os alunos dentro da escola, ao longo de mais de dez anos de vida escolar, seja capaz de fazê-lo em programas emergenciais ou arranjos com alto teor de demagogia. A outra ponta dos dados do Pisa revela que apenas 8% dos brasileiros escolarizados se encontram no nível 4 ou acima, quer dizer, têm condições básicas para compreender o que leem e exercitar algum grau de raciocínio crítico. (…)

*Presidente do Instituto Alfa e Beto

http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,analfabetismo-no-seculo-21,70002167371

Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-12/populacao-carceraria-do-brasil-sobe-de-622202-para-726712-pessoas

TEXTO 2

TAXA DE ANALFABETISMO CAI PELO QUARTO ANO NO BRASIL, MAS SOBE NA REGIÃO NORTE

Em 2015, 8% dos brasileiros com 15 anos ou mais não sabiam ler ou escrever no país, segundo dados da Pnad divulgados nesta sexta-feira (25).

A taxa de analfabetismo entre brasileiros com 15 anos ou mais caiu pelo quarto ano consecutivo, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada na manhã desta sexta-feira (25). O índice foi estimado em 8% da população (12,9 milhões de pessoas). Em 2014, ele ficou em 8,3%; em 2013, a taxa era de 8,5% e, em 2012, era de 8,7%.

Em todas as regiões do país a taxa de analfabetismo caiu, com exceção da Região Norte, onde ela avançou de 9% para 9,1%, depois de quatro quedas seguidas. De acordo com os dados divulgados nesta sexta, a Região Nordeste continua registrando a taxa mais alta de analfabetismo no país. O índice ficou em 16,2% nos estados nordestinos, ante 16,6% na edição anterior da pesquisa.

Veja abaixo as taxas de analfabetismo no Brasil por região em 2015:

A Pnad aponta que a taxa de analfabetismo varia conforme a idade dos adultos. Entre os jovens de 15 a 19 anos, a taxa registrada foi de 0,8%; já entre as pessoas com 60 anos ou mais, o índice de analfabetismo sob para 22,3%, segundo as estimativas de 2015. Isso quer dizer que pelo menos um a cada cinco idosos brasileiros não sabem ler nem escrever.

Analfabetismo funcional

A taxa de brasileiros considerados analfabetos funcionais – ou seja, que têm 15 anos ou mais de idade, mas tiveram menos de quatro anos de estudo formal, caiu de 17,6% em 2014 para 17,1% em 2015. Nesse caso, o índice caiu em todas as regiões, e a Região Nordeste é, mais uma vez, a que registrou a taxa mais alta (26,6%, contra 27,1% no ano anterior).

Entre 2004 e 2015, os dados registram um crescimento de 20% na escolaridade média dos brasileiros de 10 anos ou mais: em 2004, o número médio de anos de estudo das pessoas nessa faixa etária era de 6,5. Em 2015, essa média subiu para 7,8 anos. A Região Sudeste é a que tem a maior média de anos de estudo (8,5), seguida pelo Sul (8,3), o Centro-Oeste (8,2), o Norte (7,3) e o Nordeste (6,7).


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Escolaridade

Considerando a população com 25 anos ou mais de idade, o Brasil registrou um ligeiro aumento no número de pessoas com diploma, e uma pequena redução no número de pessoas com ciclos de ensino incompletos. O número de pessoas sem instrução ou com menos de um ano de estudo caiu de 11,7% para 11,1%; o de pessoas com ensino fundamental incompleto caiu de 32% para 31,3%. Já a taxa de pessoas com ensino médio incompleto era de 4,2% em 2014 e foi de 4,1% em 2015; e o número de pessoas com ensino superior incompleto mudou de 3,9% para 3,8%.

Por outro lado, o número de brasileiros com 25 anos ou mais com ensino fundamental completo mudou de 9,5% para 9,6%; o de pessoas com ensino médio completo foi de 25,5% para 26,4%, e a população com diploma do ensino superior foi de 13,1% para 13,5%.

Frequência escolar

Entre as crianças e adolescentes em idade escolar, a Pnad mostrou que, depois de três anos de estagnação, voltou a crescer ligeiramente a taxa de escolarização da população de 15 a 17 anos. A taxa foi de 84,2% em 2012, 84,3% em 2013 e 84,3% em 2014. Em 2015, ela foi para 85%.

Já entre as crianças de 4 e 5 anos, a taxa de escolarização avançou de 82,7% para 84,3% entre a Pnad 2014 e a Pnad 2015.

De acordo com o Plano Nacional de Educação (PNE), os estados e municípios deveriam garantir, até o final de 2016, que 100% das crianças e adolescentes dessas duas faixas etárias estejam matriculados na escola. Porém, o governo federal já anunciou que não será possível cumprir essa meta.

Em relação às crianças e adolescentes de 6 a 14 anos, a taxa de escolarização pouco mudou: era de 98,5% em 2014 e foi para 98,6% em 2015.

Rede pública x rede privada

Os dados da pesquisa do IBGE divulgados nesta sexta mostram que três quartos dos estudantes com quatro anos ou mais de idade estão matriculados na rede pública de ensino. O número é mais alto no ensino básico: do total da população matriculada na escola, 85,3% dos alunos do ensino fundamental estudam em escolas públicas; o mesmo vale para 88,1% dos estudantes do ensino médio.

Disponível em:

https://g1.globo.com/educacao/noticia/taxa-de-analfabetismo-cai-pelo-quarto-ano-no-brasil-mas-sobe-na-regiao-norte.ghtml

TEXTO 3

Disponível em: https://cidadeverde.com/economiaenegocios/88495/taxa-de-analfabetismo-do-piaui-e-a-segunda-pior-do-pais

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