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O impressionismo e as transições da arte europeia

O impressionismo e as transições da arte europeia

O período compreendido entre o final do século XIX e o início do século XX é marcado por um turbilhão artístico, fruto do conturbado cenário econômico-social que se desenrolava. 

As artes, influenciadas pelo desenvolvimento técnico que marca esse tempo, rebelam-se contra ideias ainda renascentistas da academia, que defendia temáticas nobres, retratação de objetos naturais, de caráter descritivo, cujo valor residia na verossimilhança extrema com a realidade.

A fotografia mostrava-se como uma revolução: o retrato exato da realidade, a descrição mais perfeita que se poderia imaginar, a captação dos momentos da forma mais verdadeira possível. Aliado a isso, era a representação do desenvolvimento humano, da supremacia técnica, da novidade, era o projeto de uma sociedade industrial.

As câmeras eram levadas às áreas externas e, assim, a natureza podia ser captada em sua essência. Contra essas visões que permeavam os pensamentos estéticos da sociedade – que iam dos princípios renascentistas à verossimilhança técnica industrial – muitos artistas enxergavam que era o momento para uma mudança estética. Assim, surgem inúmeros movimentos de contestação aos padrões artísticos acadêmicos, que culminarão, posteriormente, nos movimentos mais revolucionários de vanguarda.

IMPRESSIONISMO

Talvez tenha sido Eduard Manet o grande precursor de um modelo novo de arte, baseado no estilo Realista, do qual era um de seus grandes representantes. Entretanto, seus temas começam a fugir das questões sociais e suas pinceladas passam a questionar a precisão objetiva da representação fiel da natureza, tão ao gosto dos entusiastas da fotografia.

A abordagem estética escandaliza a academia, na medida em que os impressionistas buscam capturar o instante em que as coisas acontecem, mas criando maneiras absolutamente novas de interpretar a luz e as cores e a forma de como retratá-las na tela.

A desconstrução da precisão descritivista coloca a luz e o movimento como os temas principais da arte. Os contornos passam a ser “borrados”, pois o desenho, o traço, não são mais os elementos principais, mas a mancha, a cor. Questionava-se que a modelagem tradicional das gradações na luz para a geração de volume seria muito pouco “realista” quando se retratava paisagens ao ar livre, nas quais o sol produz grandes “manchas de cor” contrastadas.

Buscando um enquadramento inovador, como se fosse uma “janela aberta para a realidade”, esses pintores utilizam-se de cores luminosas e buscam retratar as mesmas imagens com luzes de diferentes horas do dia. A ideia não era mais o retrato preciso de uma realidade, mas uma impressão sobre o que se retratava. O nome impressionismo, que pode ser entendido como a forma de como a realidade – a luz, a cor e o movimento – impressionam o artista e sua obra, origina-se da obra Impressão: Nascer do Sol, do maior expoente do movimento: Claude Monet.

A técnica impressionista consistia no uso de toques rápidos na tela, com pinceladas curtas e realizando a mistura das cores na própria tela. O uso de tons pastéis e harmônicos, com predominância de verdes e azuis, próprios para a representação de cenas ao ar livre. As sombras são luminosas e coloridas e o preto é evitado, sendo quase uma proibição. Assim, os contrastes de luz e sombra são produzidos por meio das cores complementares.

NEOIMPRESSIONISMO

Esse estilo também ficou conhecido pelas denominações de divisionismo ou pontilhismo. Aproveitando o conceito de que as pinceladas curtas do impressionismo “desconstruíam” a precisão da representação da realidade, um conjunto de artistas ousou levar tal desconstrução a um nível ainda mais elaborado. Para eles, os traços impressionistas revelavam subjetividade em demasia e o rompimento com a linearidade deveria se dar de forma objetiva.

Assim, o modelo artístico estabelece o princípio de decompor as formas sobre a tela, separando-as em pequenos pontos ou pinceladas de cor pura. A intenção é que o espectador reconstitua tais formas em sua visão a uma certa distância do quadro. As formas são transformadas em uma espécie de “pixel” de cor e tons que, pacientemente, montam os contornos, como em um grande mosaico. É exatamente o objetivo da escola artística que contraria a tendência à espontaneidade do impressionismo e propõe a utilização racional e calculada da cor.

PÓS-IMPRESSIONISMO

Sob a denominação de pós-impressionismo, existem muitos grupos de artistas de movimentos diversos com variadas tendências artísticas. Alguns artistas e obras importantes surgem no período e acentuam a transição rumo a novas perspectivas estéticas.

As pinceladas tornam-se soltas, fortes, marcantes, alongadas e texturizadas. As cores ganham mais importância que as formas e os tons pastéis começam a dar lugar a cores mais fortes. O impacto das obras parece vir diretamente dos sentimentos interiores que os artistas jogam na tela. O maior de seus representantes, sem dúvidas, é o holandês Vincent Van Gogh.

FAUVISMO

Um dos movimentos mais chocantes do período, adota o nome proveniente de um crítica recebida pelos artistas e suas obras em uma exposição. Um crítico, ao ver as obras de cores vibrantes e formas distorcidas expostas em uma galeria onde havia uma pequena estátua renascentista, declarou-se com pena da escultura, segundo ele um “pequeno Donatello entre feras”. ‘Les fauves’, as feras, adotaram o “xingamento” como nome do movimento, mostrando sua inconformidade com a estética acadêmica.

O movimento preza pelo primitivismo de cores e por uma visão sintética da natureza. Assim, é característico o uso de cores violentas de forma arbitrária, com pouca ou mesmo nenhuma gradação entre os matizes. Seus artistas buscam representar sensações elementares, retratam temas cotidianos alegres, com cores fortes e marcantes sem relação com a realidade retratada. É uma arte impensada e impulsiva, sensorial e de construção experimental, que dispensa estudos preliminares para a realização da obra.

ART NOUVEAU

A arte nova é um estilo que se desenvolve no período e que resgata conceitos de complexidade barrocos e românticos. É particularmente importante na arquitetura, nas artes decorativas, no design e nas artes gráficas. É um retrato da vida acelerada do período, da influência dos processos industriais na própria arte e das contradições da situação social.

É um estilo que “adere” à lógica industrial de produção, utilizando-se por vezes da produção em série – como no caso de artes gráficas, voltadas a cartazes de propagandas de atrações e produtos. Ao mesmo tempo, busca a valorização da beleza e sua acessibilidade a todos, levando a arte como um produto de consumo ou, pelo menos, tornando os produtos de consumo próximos à retratação artística.

Os artistas buscam nas formas a proximidade com a natureza, inspirando-se em animais e plantas, criando padrões assimétricos, curvas e linhas sinuosas. Os contornos dinâmicos buscam o retrato de uma sociedade sempre em movimento, com paralelo ao movimento constante da própria natureza. Peças bidimensionais representativas de cenas cotidianas. Ilustrações, móveis e mesmo construções utilizam-se de arabescos diversos, criando mosaicos e verdadeiras florestas decorativas.

Toulouse-Lautrec produziu diversas obras que tornaram-se ícones do período, cartazes comerciais de apresentações do cabaré Moulin Rouge em Paris. Na arquitetura, as construções impressionantes de Antoni de Gaudí em Barcelona desafiam a lógica e sugerem o impossível em construções absolutamente impressionantes. O estilo foi extremamente reproduzido por empresas em comerciais e propagandas, atraindo consumidores pela beleza de suas linhas curvas e complexas.

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