Arte contemporânea
Este módulo busca apresentar um conjunto de estilos e estéticas artísticas desde o início do século XX e que são frequentemente cobradas nas provas do ENEM.
ABSTRACIONISMO
• Característica comum a vários estilos artísticos do século XX.
• Arte que não representa elementos ou formas da realidade.
• Preocupação com cores, texturas, movimentos e sensações espelhadas na tela.
• Não é um movimento contemporâneo, mas uma espécie de “gênero” que influenciou vários artistas do século XX.
NEOPLASTICISMO
• Abstracionismo geométrico.
• Redução da realidade às formas elementares.
• Uso de cores primárias.
• Linhas retas
• Ênfase na estrutura.
• Equilíbrio assimétrico.
ACTION PAINTING (GESTUALISMO)
• Estilo de “pintura automática”.
• Sinais e gestos de pintar como forma de expressão.
• Técnica artística autoral e subjetiva.
• Liberdade emocional na execução da obra artística.
• Velocidade de execução.
• Uso de materiais não tradicionais.
• Dripping – espalhar a tinta que cai diretamente do tubo sobre a tela ou em um balde.
• Sobreposição de camadas de tinta
ARTE INFORMAL
• Conjunto de tendências abstratas da segunda metade do século XX.
• Recusa de representação da realidade.
• Experimentalismo artístico.
• Gosto pela mancha ao acaso.
• Obra aberta à leitura do espectador: nunca está terminada.
• Espontaneidade do gesto e o automatismo.
• Inexistência de planejamentos ou conceitos preconcebidos na obra: a experiência da arte faz nascer a ideia, não o contrário.
HARD EDGE
• Transições bruscas entre cores.
• Delimitação clara e racionalmente planejada entre as áreas coloridas.
• Pintura “a máquina”, com precisão, nitidez e frieza.
• Contornos marcados e formas geométricas simples.
• Pintura impessoal.
OP ART
• Ilusões óticas.
• Menos expressão, mais visualização.
• O importante é causar impressão a quem vê a obra.
• Muitas das obras ignoram as cores e focam-se em formas em preto e branco que podem criar ilusões.
• Sobreposição de imagens.
• Interação entre fundo e foco da obra.
POP ART
• Resgate do figurativismo.
• Captação de imagens e símbolos de produtos de mídia e da indústria.
• Crítica ou exaltação à sociedade de consumo.
• Transformação de elementos cotidianos em ícones artísticos.
• Repetições de imagens.
• Uso de cores marcantes.
• Colagens, serigrafia e outras técnicas de produção mistas.
• Referências a modelos de histórias em quadrinhos.
ARTE NAÏF
• Também chamada de “arte primitiva moderna”.
• Naïf significa “ingênuo”, “inocente”.
• Arte simples, sem técnicas acadêmicas.
• Intuição e expressividade.
• Falta de inserção em circuitos tradicionais.
• Temática variada.
• Ausência de filiação a círculos artísticos.
MINIMALISMO
• Caráter geométrico bi ou tridimensional.
• Redução formal e representação do básico.
• Busca a quebra de barreiras entre a pintura e a escultura, considerando o espaço das obras e sua interação com o
ambiente.
• Simplicidade.
• Uso de objetos como espelhos, caixas de metal e até tijolos.
NEOEXPRESSIONISMO
• Representações emocionais e subjetivas.
• Mistura de tintas a materiais como areia ou palha, buscando texturas.
• Atualização do modelo expressionista – ligado à angústia europeia pré-guerras – para o cenário das angústias
contemporâneas.
• Primitivismo figurativo e agressividade cromática.
• Arte híbrida com instalações, pinturas e performances.
• Na Itália, o estilo é conhecido também por “transvanguardismo”.
FOTORREALISMO (HIPER-REALISMO)
• Busca a fidelidade fotográfica.
• Uso da fotografia para a transposição para a pintura.
• Uso de “air brushes” e mesmo lápis de grafite comuns.
• Cenas de cotidiano, ambientes e produtos ligados ao desejo de um estilo de vida confortável.
ARTE CONCEITUAL
• Valorização do conceito por trás de um objeto artístico.
• A própria ideia é a obra de arte.
• Herdeira do ‘ready made’ dadaísta.
• Utiliza-se de montagens de objetos retirados de seu contexto comum, provocando ressignificações.
• As instalações possibilitam o espectador entrar na obra e fazer parte dela.
• Arte performática, em que o artista usa o corpo como expressão cênica
ARTE CINÉTICA
• Arte em movimento.
• A própria estrutura é o movimento.
• Objeto móvel.
• Efeitos de luz e sombra.
ASSEMBLAGE
• Designa objetos artísticos tridimensionais em que se incorporem diferentes materiais
• Apesar de confundir-se muitas vezes com a colagem, vai além dela por conta da diversidade de materiais.
• Estética da acumulação: todo material pode ser incorporado à obra de arte.
• Justaposição ou sobreposição de elementos.
INSTALAÇÃO
• Ambiente construído artisticamente.
• Interação com o espectador.
• Disposição específica de elementos no espaço.
• Foco na percepção e na experiência com o espectador.
• Diversidade material.
• Confunde-se por vezes com a assemblage e com o minimalismo
BODY ART
• O corpo é o suporte da arte.
• Corpo como meio de expressão.
• Associação à performance (sem participação do público) ou happening (com participação do público).
• Articulação com diferentes obras de arte
ARTE URBANA (GRAFITE)
• Manifestações de intervenção nos espaços urbanos, tidos como sem vida.
• Cunho político-social.
• Intervenções em pintura de muros e fachadas, instalações em praças e passeios, flash mobs e outras performances
em espaços públicos.
• Ícone da contracultura: retrata a resistência de segmentos minoritários da população.
• Associa-se, portanto, a grupos (“tribos urbanas”) ligados a variados graus de transgressão e resistência cultural.