CLASSES GRAMATICAIS VII – Morfologia verbal (flexão)
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REGULARES
Possuem as desinências normais de sua conjugação e sua flexão não provoca alterações no radical. Ex.: cantar, amar, vender, partir etc. Seguem os paradigmas de conjugação verbal em seus tempos simples
MODO INDICATIVO
MODO SUBJUNTIVO
IRREGULARES
Apresentam alterações no radical ou nas desinências. Ex.: caber, dizer, fazer, cuspir, ferir etc. Sua conjugação pode ser feita a partir do conhecimento dos tempos primitivos (presente do indicativo / pretérito perfeito / infinitivo) e de seus tempos derivados.
TEMPOS PRIMITIVOS E DERIVADOS
Exemplo: VER
*Quando a forma da segunda pessoa do plural for homófona (mesma pronúncia) à forma da segunda pessoa do singular, será usada a desinência “-des”.
A partir da forma VEJ (1ª pessoa do singular -o), obtém-se o radical para conjugar o verbo no presente do subjuntivo, bastando acrescentar as desinências regulares:
OBSERVAÇÃOO verbo querer é exceção desta regra, já que sua forma na primeira pessoa do presente do indicativo é QUERO, mas seu radical irregular no presente do subjuntivo é QUEIRA. |
A partir da forma VI (1ª pessoa do singular -ste), obtém-se o radical para conjugar o verbo nos tempos derivados, bastando acrescentar as desinências regulares:
A partir da forma V (radical do infinitivo), obtém-se o radical para conjugar o verbo nos tempos derivados, bastando acrescentar as desinências regulares:
*O particípio apresenta irregularidades próprias, por vezes fugindo de qualquer modelo de conjugação, como nesse caso.
OBSERVAÇÃOOs verbos ter, pôr e vir não seguem este modelo de conjugação, apresentando irregularidade própria no pretérito imperfeito: tinha, tinhas, tinha, tínhamos, tínheis, tinham; punha, punhas, punha, púnhamos, púnheis, punham; vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham. |
A partir da forma VER (forma completa do verbo), conjuga-se o verbo nos tempos derivados, bastando acrescentar as desinências regulares:
OBSERVAÇÃOOs verbos dizer, fazer e trazer perdem a sílaba “-ze” quando conjugados no futuro: direi, dirás, dirá, diremos, direis, dirão; farei, farás, fará, faremos, fareis, farão; trarei, trarás, trará, traremos, trareis, trarão; diria, dirias, diria, diríamos, diríeis, diriam; faria, farias, faria, faríamos, faríeis, fariam; traria, trarias, traria, traríamos, traríeis, trariam. |
VERBOS TERMINADOS EM -EAR E -IAR
Esses dois grupos de verbos apresentam particularidades específicas em sua conjugação, conforme exposto nos modelos a seguir:
Dentro desta irregularidade, há alguns verbos terminados em -iar que são conjugados no presente do indicativo e seus tempos derivados como aqueles terminados em -ear. São os verbos mediar, ansiar, remediar, incendiar e odiar; as iniciais destes verbos formam o anagrama MARIO. Veja a conjugação:
DEFECTIVOS
Não apresentam conjugação completa, pois algumas de suas formas não são conjugadas. Essa ausência pode se dar na primeira pessoa do singular do presente do indicativo e suas formas derivadas, como em abolir, colorir, demolir, explodir, feder:
Outros verbos defectivos apenas são conjugados em suas formas arrizotônicas, isto é, aquelas que apresentam acento tônico fora do radical, como adequar, banir, falir, precaver:
Por fim, um último conjunto de verbos conjuga-se apenas nas terceiras pessoas. Nesse caso encontram-se todos os verbos que indicam fenômenos naturais. Ex.: aprazer, chover, ventar etc.
O verbo reaver merece destaque, pois é derivado do verbo haver. Contudo, conjuga-se apenas nas formas correlatas em que haja a letra v na forma do primitivo:
ABUNDANTES
São aqueles que apesentam mais de uma forma com o mesmo valor. Normalmente apresenta essa característica no particípio.
OBSERVAÇÃOSegundo a tradição da norma culta, alguns verbos não apresentam particípio abundante, mas apenas o irregular: abrir (aberto), cobrir (coberto), descobrir (descoberto), dizer (dito), fazer (feito), ganhar (ganho), gastar (gasto), pagar (pago). Por outro lado, alguns verbos comumente utilizados como irregulares são, pela norma tradicional, regulares, como chegar (chegado), trazer (trazido), pegar (pegado). |
Na formação de locuções verbais com o particípio passado, é prática comum a utilização dos verbos auxiliares ter e haver com as formas regulares e os auxiliares ser e estar com as formas irregulares. Ex.: (ter / haver) morrido, (ser / estar) morto etc.
ANÔMALOS
Incluem mais de um radical em sua conjugação. São, na verdade, uma “mistura” de verbos ao longo de sua evolução temporal das línguas originais até sua forma em português. São apenas dois verbos que compõem este grupo: ser e ir
FORMAÇÃO DO IMPERATIVO
As formas do imperativo são derivadas do presente do indicativo e do presente do subjuntivo, seguindo sempre o mesmo paradigma:
1. O imperativo não apresenta a primeira pessoa do singular.
2. O imperativo negativo tem a mesma forma do presente do subjuntivo.
3. O imperativo afirmativo é formado pela primeira pessoa do plural e pelas terceiras pessoas do presente do subjuntivo e pelas segundas pessoas do presente do indicativo.
4. As segundas pessoas do presente do indicativo perdem o s final quando no imperativo.
Exemplificando com o verbo pôr, teremos:
CADASTRE-SE
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