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Regionalização Brasileira: Centro – Sul

Regionalização Brasileira: Centro – Sul

Uma região é uma área, contínua ou descontínua, que possua um conjunto de características comuns.

É possível realizar diversas formas de regionalização, baseando-se em critérios diferentes. Dentre as divisões regionais mais conhecidas do Brasil, temos a divisão regional oficial realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), criada em 1969, que divide o Brasil em cinco macrorregiões: Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste; e a regionalização geoeconômica não oficial, feita em 1967 pelo geógrafo Pedro Pinchas Geiger, e que divide o Brasil em três complexos regionais: Amazônia, Nordeste e Centro-Sul.

 

DIVISÃO OFICIAL DO BRASIL: REGIÕES NORTE, NORDESTE, CENTRO-OESTE, SUDESTE E SUL

A região Norte é formada pelos estados do Tocantins, Acre, Pará, Rondônia, Roraima, Amapá e Amazonas. É a maior região em área, a segunda menos populosa e a que possui menor densidade demográfica. Possui clima equatorial, quente e úmido o ano inteiro, com baixa amplitude térmica; e bioma de Floresta Amazônica, com algumas manchas de cerrado. O relevo é formado pela Planície Amazônica, pelos Planaltos Amazônicos Orientais que a envolvem e pela sequência de depressão marginal-planalto residual, tanto no sentido norte como no sul. A economia local é baseada predominantemente no extrativismo vegetal e mineral, com destaque para a extração de madeira e para as jazidas de ferro e de manganês na Serra dos Carajás. A Zona Franca de Manaus, que recebeu incentivos fiscais a partida década de 1960, é a área mais industrializada da região.

A região Centro-Oeste é composta por três estados (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás) mais o Distrito Federal. É a segunda maior região em área e a menor em população, tendo diversas localidades muito pouco habitadas. Predomina o clima tropical típico, com duas estações bem marcadas – o verão chuvoso e inverno seco. As áreas mais úmidas são as situadas mais ao norte, nas imediações da floresta amazônica. O relevo é antigo e aplainado – com destaque para o Planalto Central e, ao sul do Mato Grosso do Sul, as planícies do Pantanal (alagadas apenas durante a época chuvosa). Fora do Pantanal, a vegetação dominante é o cerrado. A economia regional é baseada na agropecuária, principalmente na produção de soja, milho e carne bovina. O cultivo de soja, muito rentável e com grande mercado externo, têm avançado para a floresta amazônica e já tomou grande parte das áreas naturais de cerrado, aumentando o desmatamento da região e provocando grandes impactos ambientais, tanto no cerrado quanto no pantanal.

O Nordeste é a região com a terceira maior área e segunda maior em população, ficando atrás apenas do Sudeste. É composta por Bahia, Sergipe, Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão. Possui diversos climas, com destaque para o tropical úmido na região litorânea e na porção leste do Planalto da Borborema); o semiárido, no Sertão nordestino; e o equatorial, no noroeste do Maranhão. O relevo é formado pelo planalto da Borborema, próximo ao litoral, e pelo planalto do rio Parnaíba, a oeste. Entre os dois está a Depressão Sertaneja. Os planaltos são antigos e erodidos, com baixas altitudes. A vegetação predominante é a caatinga. A economia nordestina é caracterizada pela concentração industrial na faixa litorânea e pelo predomínio das atividades agrícolas no resto da região. É possível apontar a existência de quatro sub-regiões no Nordeste: a Zona da Mata, o Agreste, o Sertão e o Meio-norte.

A escassez de chuva é uma característica do clima do sertão Nordestino. Porém, quando o período de estiagem se prolonga para além do normal, ocorre o que é chamado de seca – uma das grandes responsáveis pelos problemas socioeconômicos locais, pela fome e pela pobreza da região. A baixa pluviosidade do sertão tem diversas causas, como: os fatores oceânicos, isto é, o fato de que a temperatura do mar nos litorais do Ceará e Rio Grande do Norte é mais baixa do que as áreas do entorno, causando baixa evaporação e umidade; as frentes polares, que, quando chegam ao nordeste, apresentam pouca força, dificultando a formação das chuvas; a influência do relevo, pois o Planalto da Borborema dificulta a entrada de massas oceânicas para o interior do continente; e por último, a existência de uma zona de alta pressão no local, com correntes de ar que transferem calor para latitudes maiores, favorecendo a estabilidade do tempo e a ausência de chuvas.

O Sudeste é a quarta maior área e a mais populosa. É formado por Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. Apresenta clima tropical, que varia entre o tropical úmido (litorâneo), tropical típico (continental) e o de altitude – mais ameno e encontrado nas regiões mais altas. A vegetação predominante é a Mata Atlântica, amplamente devastada pela ocupação da região. O relevo é bastante intemperizado e erodido, tem formato arredondado e é chamado de “mares de morros”. A economia é a maior do país e é a responsável por grande parte do PIB nacional. É a área com o maior mercado consumidor, com maior produção industrial e com um setor terciário de grande destaque. A agricultura é modernizada e muito produtiva, com destaque para a produção de laranja, cana-de-açúcar, café e milho. É a maior produtora de petróleo do país, atividade realizada nas Bacias de Campos e Santos – locais onde já se realiza a retirada de óleo da camada Pré-Sal. A região é destaque também por conta da cidade de São Paulo, uma metrópole muito populosa e com importância financeira e comercial que ultrapassa as fronteiras nacionais – sendo classificada como uma cidade global.

Por fim, a região Sul é formada por apenas três estados: Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. É a menor região do país, mas a terceira mais populosa. O clima é subtropical, com baixas temperaturas no inverno e ausência de uma estação seca. Predomina a vegetação de Mata de Araucárias nas áreas mais elevadas e a de campos (chamados de Pampas), nas outras áreas. A economia é diversificada, apresenta o segundo maior parque industrial do país e uma agricultura moderna. Destacam-se a produção de suínos, de gado, de fumo e de soja e também a indústria alimentícia, a têxtil, a metalúrgica e a automobilística.

DIVISÃO NÃO OFICIAL DO BRASIL: CENTRO-SUL

O Complexo Regional Centro-Sul é uma das três regiões geoeconômicas do país e é composto pelos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Goiás, boa parte de Minas Gerais e uma pequena área de Tocantins e Mato Grosso. Sua área total é de cerca de 2.000.000 km².

O relevo da região centro-sul é o mais acidentado, predominando as zonas de elevadas altitudes, mas vale ressaltar que os dois pontos mais altos do país encontram-se na Amazônia. Predominam-se, assim, as regiões serranas e os planaltos. Destaque para a Serra da Mantiqueira e a Serra do Mar.

Os três principais tipos climáticos são o tropical, o tropical úmido e o subtropical. Porém, a variabilidade climática é acentuada, em virtude de vários fatores que influenciam o clima nos mais diversos pontos, como a maritimidade, a altitude, as variações de latitude, entre outros.

A hidrografia é caracterizada pela presença de três grandes bacias hidrográficas: Paraná, São Francisco e parte da bacia do Tocantins-Araguaia. O elevado grau de acidentes no relevo torna o Rio Paraná extremamente propício para a instalação de hidrelétricas, a exemplo da Usina de Itaipu, a segunda maior do mundo.

Em termos demográficos, essa região, por apresentar as duas maiores metrópoles brasileiras (Rio de Janeiro e São Paulo), possui a maior parte da população do país, cerca de dois terços dos habitantes. Além disso, também registra os maiores índices de urbanização e as maiores densidades demográficas.

Em termos econômicos, também concentra a maior parte das indústrias brasileiras, o maior número de recursos econômicos, as atividades agropecuárias mais avançadas tecnologicamente e o maior peso sobre o PIB, com quase 80% das riquezas produzidas pelo país.

Por esses fatores, o Centro-Sul é considerado o principal complexo regional brasileiro, o que demonstra as desigualdades espaciais no que se refere à concentração de investimentos, riquezas e infraestrutura no Brasil.

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