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Impactos Ambientais – Globais e Locais

Impactos Ambientais – Globais e Locais

Aprenda sobre os Impactos Ambientais. 

EL NIÑO

Fenômeno que ocorre em períodos de aproximadamente dois a sete anos. Consiste no aquecimento (3 °C a 7 °C) das águas do Oceano Pacífico nas proximidades no Equador. Suas causas são desconhecidas.

Normalmente, no Hemisfério Sul os ventos alísios sopram no sentido leste-oeste com velocidade média de 15 m/s, aumentando o nível das águas do Pacífico nas proximidades da Austrália, onde ele é 50 cm maior que na costa da América do Sul. Nos anos de ocorrência do El Niño, a velocidade dos ventos diminui para cerca de 2 m/s, o que faz com que as águas superficiais, por se deslocarem menos, aumentam sua temperatura, provocando grande mudança na circulação dos ventos e das massas de ar, além de evaporação mais intensa, com aumento do índice de chuvas em algumas regiões do planeta e ocorrência de estiagem em outras.

Nos anos de ocorrência do fenômeno, o Brasil sofre ação de uma nova massa de ar quente e úmida. Ela desvia a umidade da Massa Equatorial Continental, gerando a ocorrência de enchentes no Brasil meridional e seca na região do clima semiárido nordestino e extremo norte do país, principalmente em Roraima. Outra consequência é o desvio da Massa Polar Atlântica para o Oceano Atlântico antes de atingir a região sudeste, o que aumenta as temperaturas no inverno.

LA NIÑA

Resfriamento das águas superficiais do Pacífico na costa peruana, o que provoca mudanças na direção dos ventos e massas de ar. Suas causas também são desconhecidas. Assim como o El Niño, ocorre em escala planetária e ao longo de vários meses.

INVERSÃO TÉRMICA

Fenômeno natural frequente nos meses de inverno, em períodos de penetração de massas de ar frio. Ocorre em escala local e por apenas algumas horas.

As inversões térmicas são mais comuns no final da madrugada e início da manhã. Durante esse período ocorre o pico da perda de calor do solo por irradiação; logo, as temperaturas são mais baixas, tanto do solo como do ar. Quando a temperatura próxima ao solo cai abaixo de 4 °C, o ar frio, impossibilitado de subir, acaba retido em baixas altitudes.

Ocorre preferencialmente em áreas de “fundo de vale”, que permitem o aprisionamento do ar frio. As camadas mais altas da atmosfera são ocupadas por ar mais quente, que não consegue descer. É daí que vem o nome inversão térmica: o ar frio fica embaixo e o quente em cima, uma inversão da circulação habitual. Logo ao nascer do Sol, à medida que o solo e o ar próximo a ele vão se aquecendo, o fenômeno se desfaz gradativamente.

Esse fenômeno é mais comum em áreas onde o solo ganha bastante calor durante o dia e perde muito à noite. Assim, as grandes cidades são extremamente favoráveis ao fenômeno, pois apresentam grandes áreas construídas, desmatadas e solo impermeabilizado por cimento e asfalto, absorvem grande quantidade de calor durante o dia e o perdem rapidamente à noite. No meio urbano, esse fenômeno gera um outro grave problema: ao reter o ar frio embaixo, retém junto toneladas de poluentes emitidos, aumentando fortemente a poluição.

EFEITO ESTUFA

É um fenômeno natural e fundamental para a vida na Terra (se não ocorresse, a Terra seria congelada). Porém, a intensificação do efeito, causada pela emissão de poluentes que têm capacidade de absorver calor, como o metano, os clorofluocarbonetos (CFCs) e, principalmente, o dióxido de carbono (CO²), faz com que a atmosfera retenha mais calor que o normal.

O aumento da emissão de dióxido de carbono na atmosfera se deve principalmente à permanente e intensa queima de combustíveis fósseis e florestas, desde a Revolução Industrial, com efeitos cumulativos.

Numa tentativa de reduzir a emissão de gases causadores de efeito estufa, foi firmado, em 1997, o Protocolo de Kyoto. Porém, os EUA, principal poluidor, não assinaram o documento, alegando que isso afetaria seu crescimento econômico.

Com o aumento dos gases, aumenta o aquecimento global; o aumento das temperaturas provoca derretimento de neve e gelo; o derretimento do gelo nos polos pode levar à elevação do nível dos oceanos, inundando ilhas e cidades litorâneas.

ILHAS DE CALOR

Fenômeno típico de grandes aglomerações urbanas e tipicamente antrópico, ou seja, causado pelo homem.

Resulta da elevação das temperaturas médias nas áreas urbanizadas das grandes cidades, comparadas com as zonas rurais. As variações podem chegar até 7 °C, e ocorrem basicamente por causa das diferenças de irradiação de calor entre as áreas urbanas impermeabilizadas e as áreas verdes e por causa da concentração de poluentes (que bloqueiam a irradiação de calor na superfície), maior nas zonas centrais.

A substituição da vegetação por grande quantidade de prédios, viadutos, ruas e calçadas pavimentadas faz aumentar significativamente a irradiação de calor para a atmosfera, em comparação com as zonas rurais, onde, em geral, prevalece a cobertura vegetal.

Além disso, nas zonas urbanas é muito maior a concentração de gases lançados por veículos; esses gases geram um “efeito estufa” localizado, que aumenta a retenção de calor. As ilhas de calor também facilitam a ascensão do ar, fazendo com que, durante o dia, o vento sopre em sua direção, trazendo maiores quantidades de poluentes.

CHUVAS ÁCIDAS

Primeiramente, é importante dizer que as chuvas normais já são ligeiramente ácidas. As chamadas chuvas ácidas, porém, são resultado do lançamento de poluentes produzidos, sobretudo, por atividades urbano-industriais. É mais um fenômeno atmosférico causado pela emissão de poluentes das indústrias, dos transportes e de outras fontes de combustão.

Os países que mais colaboram para a emissão desses gases são os industrializados do Hemisfério Norte, e por isso as chuvas ácidas ocorrem com mais intensidade no nordeste da América do Norte e na Europa Ocidental.

As consequências das chuvas ácidas são a corrosão de metais, pinturas e monumentos históricos, acidificação de lagos (como os Grandes Lagos, no Canadá) e morte de seus respectivos ecossistemas aquáticos, além da destruição da cobertura vegetal (como a Floresta Negra, na Alemanha).

DESERTIFICAÇÃO

As áreas suscetíveis à desertificação correspondem a mais de 30% da superfície terrestre do planeta, onde vivem mais de 1 bilhão de pessoas. No Brasil, as áreas suscetíveis são aquelas que correspondem às regiões semiárida e subúmida seca, localizadas em sua maioria na região Nordeste e no norte do estado de Minas Gerais, totalizando 980000 km². As principais causas da desertificação são: o desmatamento (que além de comprometer a biodiversidade deixa o solo exposto à erosão), uso intensivo do solo (tanto para pecuária quanto agricultura), irrigação mal conduzida, que provoca salinização do solo.

A desertificação provoca três tipos de impactos, relacionados entre si: ambientais, sociais e econômicos. Os impactos ambientais correspondem à destruição da fauna e da flora, redução significativa da disponibilidade de recursos hídricos (assoreamento de rios e reservatórios) e perda física e química de solos. Esses impactos ambientais geram uma perda considerável da capacidade produtiva, provocando mudanças sociais, como as migrações, que desestruturam as famílias e acarretam sérios impactos às zonas urbanas, para onde se deslocam as pessoas na busca de melhores condições de vida.

DESMATAMENTO

A destruição de florestas em grande escala já atinge 46% das matas originais do planeta. Do total de 62.200.000 km² de mata nativa, apenas 33.400.000 km² ainda cobrem a superfície terrestre.

Cerca de 170.000 km² de floresta desaparecem anualmente. Entre as principais formas de desmatamento estão as queimadas de extensas áreas para a prática de agricultura e pecuária. A expansão dos centros urbanos, a construção de estradas e a implantação de grandes projetos minerais e hidrelétricos também motivam as devastações. Outras causas importantes são a comercialização de madeira e o extrativismo de inúmeras espécies de interesse econômico.

O desmatamento condena as populações que dependem da floresta para a sua subsistência, atinge um patrimônio genético que poderia ser usado para originar novos tipos de remédios e alimentos, empobrece os solos tropicais, que se tornam inférteis, e ameaça de extinção dezenas de espécies.

Essas perdas, por sua vez, acabam gerando um grande número de problemas sociais, econômicos e políticos. Quando desembarcaram do navio MayFlower, os primeiros colonos dos EUA pisaram num continente completamente arborizado ao leste do Mississipi – eram 179 milhões de hectares de verdejantes florestas. Hoje não restam mais de 10 milhões.

A taxa exata na razão da qual as florestas estão atualmente sendo destruídas no mundo não são conhecidas, uma vez que não tem sido feito um censo global desde 1990. Naquela época, uma área de aproximadamente 150.000 km² de floresta tropical, equivalente ao tamanho do estado de São Paulo, tem sido destruída a cada ano. Também uma área semelhante de florestas tem sido destruída ou degradada anualmente. Na média, a taxa de destruição aumentou durante os últimos anos em função de desmatamento irregular e clandestino no Brasil e na Indonésia.

As florestas ao redor do mundo estão sob pressão. As florestas tropicais estão rapidamente desaparecendo sobretudo devido ao corte da madeira, exploração mineral, construção de hidrelétricas e à ocupação desordenada da terra em geral.

A temperatura e o crescimento das florestas têm sido destruídos pela indústria de papel e madeira. A vida de nossos indígenas está indeterminada e todo ano milhares de espécies de animais e plantas desaparecem da face da terra.

Os desmatamentos provocam sério impacto no meio ambiente. Sendo as florestas o ecossistema mais rico em espécies animais e vegetais, sua destruição constitui grave risco à biodiversidade. A perda da cobertura vegetal causa a degradação do solo e, em decorrência, a desertificação. O extermínio das florestas também afeta o clima, pois elas regulam a temperatura, o regime de vento e de chuva. A redução da camada vegetal e a consequente diminuição da chuva levam ainda ao aquecimento da Terra. O desmatamento e a erosão do solo nas nascentes e nas margens dos cursos de água comprometem a rede hidrográfica, à medida que grande quantidade de terra e areia se deposita no fundo de rios e lagos, diminuindo sua profundidade. Esse fenômeno, conhecido como assoreamento, aliado à escassez de vegetação nativa, que antes absorvia a água, intensifica a incidência de enchentes.