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Geologia

Geologia

Quando pensamos na palavra “tempo” costumamos associar essa ideia a aparelhos como o calendário, a ampulheta e o relógio, que servem para mensurar o tempo cronológico.

TEMPO GEOLÓGICO

Para realizarem as suas pesquisas, os historiadores costumam utilizar com referência o tempo do ser humano, que é chamado de tempo histórico. Este tem como base os anos, as décadas, os séculos e os milênios.

No caso da natureza, quando levamos em conta o processo de formação/transformação do planeta Terra, os cientistas utilizam um recorte mais amplo e que é medido em milhões e bilhões de anos. O chamado tempo da natureza é então nomeado de tempo geológico.

Como para muitos estudiosos o planeta Terra teria se formado a cerca de 4,6 bilhões de anos atrás, pode-se considera que o tempo geológico é muito mais amplo que o tempo histórico.

Para entender melhor a história da Terra os estudiosos dividiram o tempo geológico em intervalos. Baseados nos eventos ocorridos, deram a essas grandes passagens o nome de eras geológicas que são divididas em períodos.

A figura acima representa O tempo geológico e as principais etapas.

A figura acima representa a Simulação do tempo geológico comparado com a duração de um dia (24 horas).

ESTRUTURA INTERNA DA TERRA

Através de estudos detalhados da densidade do globo terrestre, cientistas concluíram que a crosta (parte superficial do globo) e o interior da Terra possuem constituições diferenciadas, ou seja, de acordo com a profundidade, a estrutura da terra modifica sua temperatura, textura, espessura e composição química. Assim, a Terra se divide em: núcleo, manto e crosta terrestre.

• O Núcleo: é a parte central da terra, subdivide-se em núcleo interno que apresenta textura sólida e cerca de 1.300 Km de raio e núcleo externo de textura pastosa e cerca de 2.265 Km de raio. Denominado também de NIFE, o núcleo pode ser constituído por níquel e ferro, assim como a composição dos meteoritos. Esta área do planeta é muito pouco explorada, já que as condições de temperatura e pressão não permitem a chegada do homem.

• O Manto: situa-se entre o núcleo e a crosta, é constituído por um material pastoso, tanto em sua camada inferior quanto na superior, e esse material denomina-se magma. Os terremotos e o vulcanismo têm como origem a pressão exercida pelo magma na crosta terrestre.

• A Crosta Terrestre: é a parte externa consolidada da terra. Pode também ser subdividida em duas camadas: a superior denominada sial é composta por rochas graníticas, ricas em silício e alumínio, e a inferior chamada sima, de composição basáltica, rica em silício e magnésio. A crosta terrestre é dividida em placas tectônicas. As altas temperaturas existentes no manto empurram o magma na direção da superfície da Terra; esse material perde temperatura e volta em direção ao interior. Essa energia produzida pela corrente de convecção é responsável pelo movimento das placas tectônicas.

Existe também a classificação da estrutura interna da Terra de acordo com a sua composição física, ou seja, baseado no comportamento mecânico dos materiais.

• A Litosfera: Camada mais externa do planeta (sólida e rígida) com cerca de 70 km de espessura.

• A Astenosfera: Formada por materiais mais pastosos que a Litosfera se estendendo até 300 km de profundidade.

• A Mesosfera: Apresenta cerca de 2.900 km de profundidade e é formado por materiais rígidos.

• A Endosfera: É dividida em núcleo externo (líquido) e núcleo interno (sólido).

A figura acima representa a Estrutura interna da Terra: composição química e composição física.

OBSERVAÇÃO
O PRINCÍPIO DA ISOSTASIA
Essa teoria mostra que existe um equilíbrio isostático da litosfera sobre a astenosfera. Isso é percebido pelas altitudes relativas das diversas partes da listosfera, devido as suas diferentes espessuras e a densidade do material que a compõe.
Portanto, esse princípio afirma que existe um equilíbrio dos blocos continentais que “flutuam” sobre a astenosfera.

A TEORIA DA DERIVA CONTINENTAL E A TEORIA DA TECTÔNICA DE PLACAS

Baseado em evidências fósseis, semelhanças geológicas e geográficas, principalmente entre os continentes da África e da América do Sul, o alemão Alfred Wegener sustentou sua teoria da deriva continental. Segundo ele, em um passado remoto havia existido um continente ancestral, denominado Pangeia, que agregava todos os continentes atuais. Ele afirmou que tal supercontinente se fragmentou ao longo do tempo, originando a configuração continental atual. O alemão disse ainda que tal movimento continuava a acontecer, o que faria com que novas mudanças no formato e posição dos continentes continuasse a acontecer. Porém, Wegener não possuía recursos técnicos para comprovar sua teoria, uma vez que a descoberta da existência de placas tectônicas ainda não havia ocorrido.

Somente por volta de 1960 o aprimoramento científico e o advento do sonar (instrumento utilizado em equipamentos militares) foram capazes de identificar sistemas de falhamentos no oceano. Tais falhas representam a borda de diferentes placas tectônicas, e permitem a ascensão do magma do manto superior, formando verdadeiras cordilheiras submarinas, denominadas dorsais oceânicas. Quando o magma ascende, empurra as placas provocando o afastamento continental.

Concluiu-se que o movimento divergente em uma das bordas das placas provoca na outra borda o movimento convergente, ou seja, o choque de placas. Como exemplo utilizaremos a placa sul-americana e a de Nazca (Sul-Pacífica). A saída do magma provoca o afastamento da placa sul-americana em relação à placa africana, provocando no outro lado o choque com a placa de Nazca, originando uma grande cadeia montanhosa – a cordilheira dos Andes.

TIPOS DE ROCHAS

MAGMÁTICAS OU ÍGNEAS

Originadas a partir da solidificação do magma. As magmáticas intrusivas são formadas no interior da terra, tem resfriamento mais lento e são mais resistentes, como o granito. As magmáticas extrusivas são formadas depois do derramamento do magma da superfície, tendo resfriamento mais rápido, como o basalto.

SEDIMENTARES

Formadas a partir da ação do intemperismo em outros tipos de rochas. Isso faz com que algumas rochas sejam esfareladas e se tornem sedimentos. Depois, os sedimentos voltam a se reagrupar, dando origem a rochas como o arenito.

METAMÓRFICAS

São rochas (magmáticas, sedimentares ou mesmo metamórficas) que sofreram modificações devido a alterações na temperatura e pressão no interior da Terra. Logo, são rochas formadas a partir da metamorfização de outras rochas, a exemplo do mármore, que se forma pela transformação do calcário; e do gnaisse, que se forma pela metamorfização do granito.

ESTRUTURA GEOLÓGICA

O conjunto das rochas de um local é chamado de estrutura geológica. Existem três tipos desses agrupamentos:

ESCUDOS CRISTALINOS

São estruturas geológicas formadas a partir de material magmático solidificado, que dá origem a rochas magmáticas ou no caso dos escudos cristalinos mais antigos, rochas metamórficas. Também chamados de crátons, os escudos cristalinos têm marcante importância econômica, pois neles existe a ocorrência de minerais metálicos, a exemplo do ferro e do cobre. Correspondem a 36% da estrutura rochosa do Brasil.

BACIAS SEDIMENTARES

Formam-se a partir da deposição de detritos e sedimentos do material rochoso nas regiões mais baixas do relevo. Originam-se geralmente em planícies fluviais e litorâneas, no entanto estas podem ser soerguidas por movimentos tectônicos, constituindo planaltos e platôs. As bacias podem possuir rochas sedimentares orgânicas ou inorgânicas, as orgânicas se formam a partir da sedimentação de microrganismos terrestres e marinhos que dão origem a combustíveis fósseis como o petróleo e o carvão mineral, que congregam a grande importância econômica das bacias sedimentares. Constituem 64% da estrutura geológica do Brasil.

DOBRAMENTOS MODERNOS

Estruturas geológicas resultantes do choque entre placas tectônicas, nessas áreas formam-se grandes cordilheiras montanhosas, a exemplo dos Andes. São regiões de grande instabilidade geológica já que são próximas as bordas das placas, portanto nessas regiões são comuns fenômenos como o vulcanismo, os terremotos e maremotos. Outros exemplos de dobramentos modernos são: Alpes, Cordilheira do Himalaia, Montanhas Rochosas, etc. Não existem no Brasil.