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Mito e senso comum

Mito e senso comum

Quando a Filosofia é apresentada no Ensino Médio, a primeira dificuldade que os alunos têm é relativa à compreensão do que é a Filosofia.

O QUE É FILOSOFIA? 

Afinal, muitos de vocês, estudantes secundaristas, nunca estudaram a disciplina anteriormente, e poucos já leram algum livro de iniciação à Filosofia. Um bom modo de introduzi-la na sala de aula é demarcá-la frente a outras disciplinas. É importante que se perceba, logo de início, as particularidades da Filosofia, e em que aspectos ela é diferente das outras matérias. A partir daí, é possível compreender o que é a Filosofia.

COMO COMEÇAR?

Em primeiro lugar, definindo um ponto de partida em comum com as outras disciplinas. Todas as disciplinas têm um objeto e um método. O objeto da Biologia, por exemplo, é o conjunto de fenômenos da vida. O objeto da Física é o conjunto de fenômenos da natureza, de fenômenos do universo. O objeto da História é o conjunto de registros do homem no tempo passado que se apresentam em nosso tempo.

A palavra filosofia compõe-se de dois termos gregos: philia, que significa amor, e sophia, que significa sabedoria. Portanto, etimologicamente, filosofia significa amor à sabedoria. Contudo, isso não explica muita coisa. O que, de fato, é a Filosofia?

A filosofia é uma atividade que tem um objetivo determinado: resolver problemas por meio da argumentação. Problemas filosóficos são os problemas a priori, independentes da experiência e conceituais, pois referem-se aos conceitos que utilizamos em nosso dia a dia e nas ciências. Diferentemente dos problemas científicos, que são resolvidos por meio da experimentação, os problemas filosóficos somente podem ser resolvidos pelo debate, pelo diálogo, pela controvérsia: o método da filosofia é argumentativo.

Todas as disciplinas têm, também, um método. O método da Biologia e da Física é o método experimental, ou o método hipotético-dedutivo. O método da História é a análise documental, ou a análise arqueológica, ou o estudo dos registros de várias espécies que podem ser encontrados no momento em que se faz a história.

A Filosofia tem o objetivo de alcançar a verdade acerca das noções, dos conceitos e das ideias mais fundamentais. Mas a verdade não é, necessariamente, absoluta. A verdade é provisória. A verdade é a melhor resposta que se tem atualmente. Isso não faz a verdade ser relativa; a verdade é uma consequência necessária da melhor argumentação possível hoje.

Por isso, é melhor estudar Filosofia do que não estudar. Ter a certeza de chegar a uma verdade válida, ainda que provisória, é melhor do que não chegar à verdade e viver cheio de opiniões frágeis fundamentadas em preconceitos. Viver com uma verdade provisória, aberta à discussão, é melhor do que viver sem verdade alguma, achando que se tem todas as verdades do mundo.

A Filosofia não é, portanto, mera opinião. Não é, também, qualquer argumentação. É a busca pela melhor argumentação, é o contrário da opinião – isso quer dizer que o filósofo não é uma pessoa cheia de opiniões sobre tudo, mas uma pessoa que investiga ideias e noções, utilizando uma técnica (lógica e argumentativa) para estudá-las.

Por esse motivo é importante o estudo da lógica e da técnica argumentativa. Você, aluno, deve saber utilizar os argumentos com propriedade na construção de ensaios sobre temas filosóficos. Afinal, a primeira função do estudo da Filosofia é tornar os estudantes capazes de filosofar com alguma competência.

Finalmente, a filosofia é uma atividade que todos praticam em vários momentos de todos os dias. A única diferença entre o leigo e filósofo profissional é que este último aprendeu a utilizar uma série de técnicas filosóficas que tornam o filosofar mais eficiente. Aprender algumas dessas técnicas é a primeira tarefa que um aluno de filosofia – quer no Ensino Médio, quer na faculdade – deve cumprir. Para estudar o objeto da filosofia é necessário um método filosófico, método que conduz ao objetivo de encontrar algumas verdades (ainda que provisórias). Em nossa matéria, aprenderemos justamente as ferramentas mais básicas para que possamos filosofar melhor: a lógica, a técnica argumentativa crítica e a história da Filosofia.

O MITO

Como vimos, a reflexão sistemática, metodológica e argumentativa sobre a realidade é uma característica da Filosofia, mas nem sempre foi esse o caminho utilizado pelos seres humanos à procura de explicações sobre o mundo.

O homem tem sua vivência cotidiana, natural, material, psicológica e emocional repleta de dúvidas, insegurança, medos, e angústias. Em outras palavras, a trajetória do ser humano é permeada por eventos e fenômenos que carecem de explicações racionais, palpáveis e claras. Nessa demanda por explicações, surgem os mitos.

Os mitos são narrativas em formato de lendas permeadas por elementos sobrenaturais, simbólicos, fantasiosos, deuses e entidades místicas que, ao contrário da lógica racional, não exigem comprovação ou explicação metódica. O mito dá conta de explicar aquilo que o ser humano não entende, mas que o assusta, gera insegurança acerca do desconhecido, daquilo que não é visto, ouvido ou tocado.

A tradição filosófica abre caminho para novas formas de compreensão e explicação do mundo, entretanto, cabe destacar que o surgimento da Filosofia não exclui a presença de mitos. As narrativas mitológicas ainda são presentes e vivas em nosso cotidiano com lendas e histórias envolvendo, fantasias, deuses e entidades sobrenaturais.

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