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FILOSOFIA MEDIEVAL: TOMÁS DE AQUINO

FILOSOFIA MEDIEVAL: TOMÁS DE AQUINO

Aprenda sobre São Tomás de Aquino.

SÃO TOMÁS DE AQUINO E A ESCOLÁSTICA

A ESCOLÁSTICA possui uma origem aristotélica, além disso é uma corrente com grande influência das universidades cristãs que surgiam na Europa ao final da idade média. O maior nome da escolástica vai ser São Tomás de Aquino, com suas cinco vias, que vão buscar demonstrar e comprovar a existência de Deus.

Aquino (1225 – 1274), nascido na comuna de Roccasecca, Itália, tem sua trajetória plenamente centrada no século XIII, e não apenas do ponto de vista cronológico: todas as significativas novidades culturais desse tempo mantêm estreita relação com sua vida e lutas. Ao contrário do clichê que o apresenta como uma época de paz e equilíbrio harmônico, esse século é um tempo de agudas contradições, tanto no plano econômico e social como no do pensamento.

CINCO VIAS

1. O primeiro motor – Tudo está em constante movimento, mas necessita de algum movimento inicial. É preciso que uma força externa coloque outra em movimento, que por sua vez é movida por outra ainda. Na origem de tudo está Deus, que é o motor inicial, imutável e eterno.

2. A causa eficiente – Tudo que é, é causa ou efeito. Deus é a causa 1ª.

3. Ser necessário e ser contingente – Tudo que existe no mundo sensível está em movimento. A sua existência, porém, não é necessária, mas necessita de outra para existir, sendo assim, Deus é a existência primeira, que deu origem as demais.

4. Os graus da perfeição – O julgamento humano ocorre com referências que não existem em si. Somos imperfeitos, porém julgamos a partir da ideia de perfeito. Assim, apesar de não conhecermos a perfeição, reconhecemos sua existência. A perfeição é Deus.

5. Governo Supremo – Tudo tem uma finalidade, um propósito. Essa finalidade está sendo organizada por alguma instância, que para Aquino é Deus.

TEXTO COMPLEMENTAR:

“Se a verdade encontra-se antes no intelecto do que nas coisas. Parece que não.”

Objeções:

1. O verdadeiro, como foi dito, é convertível com o ente; mas o ente encontra-se antes nas coisas do que na alma, portanto também o verdadeiro.

2. As coisas são na alma não por essência, mas por suas espécies, como diz o Filósofo [Aristóteles]; se pois a verdade encontra-se principalmente na alma, então não será a essência da coisa, mas sua semelhança e espécie, e o verdadeiro será uma espécie do ente existente fora da alma. Mas uma espécie da coisa existente na alma não se predica da coisa fora da alma, como também não é convertível com a mesma: ser convertível é pois predicar-se reciprocamente; portanto, nem o verdadeiro é convertível com o ente, o que é falso.

3. Tudo o que é em outro segue aquilo em que é; se pois a verdade fosse primeiramente na alma, então o juízo sobre a verdade seria segundo a afirmativa da alma, e assim ressurgiria o erro dos antigos filósofos que diziam que é verdadeiro tudo o que alguém opinava com o intelecto, e que duas coisas contraditórias são simultaneamente verdadeiras, o que é absurdo.

4. Se a verdade é primeiramente no intelecto, é necessário que na definição de verdade haja algo pertencente ao intelecto. Mas Agostinho reprova definições tais como: “Verdadeiro é aquilo que é como aparece”, porque deste modo não seria verdadeiro aquilo que não aparece, o que é evidentemente falso se consideramos as mais ocultas pedras nas vísceras da terra. Analogamente reprova e confuta esta outra definição: “É verdadeiro aquilo que é assim como aparece ao cognoscente, caso queira e possa conhecer”, porque então uma coisa não seria verdadeira no caso que o cognoscente não quisesse e pudesse conhecer. A mesma razão valeria para qualquer definição contendo algo pertencente ao intelecto; portanto, a verdade não é primeiramente no intelecto.

Em contrário:

1. O Filósofo [Aristóteles] diz: “O falso e o verdadeiro não são nas coisas, mas na mente”.

2. “A verdade é a adequação da coisa do intelecto”, mas esta adequação só pode ser no intelecto; portanto, a verdade é só no intelecto.

Solução:

Quando predicados dizem-se primeiramente de uma coisa e posteriormente de outras, não é necessário que aquela coisa que for causa das outras receba por primeiro a predicação comum, mas aquela em que está primeiramente a noção comum completa, como “sadio” diz-se primeiramente do animal, no qual a noção perfeita de saúde encontra-se em primeiro lugar, ainda que o remédio diz-se sadio enquanto proporciona saúde; e assim, dado que o verdadeiro diz-se antes de uma coisa e depois de outras, é necessário que se diga antes de tudo aquilo em que se encontra primeiramente a noção completa de verdade. O complemento de qualquer movimento ou operação está em seu término. O movimento pois da faculdade cognoscitiva termina na alma – é preciso efetivamente que o conhecido seja no cognoscente segundo o modo do cognoscente –, enquanto o movimento da faculdade apetitiva termina na coisa: por isso o Filósofo [Aristóteles] estabelece um certo círculo nos atos da alma: a coisa fora da alma move o intelecto, a coisa entendida move o apetite, o apetite tende à coisa da qual o movimento principiou. E como o bem, como se disse, indica o ajustar-se do ente ao apetite, o verdadeiro, do ente ao intelecto, o Filósofo diz que o bem e o mal são nas coisas, o verdadeiro e o falso porém na mente. Ora, uma coisa só se diz verdadeira enquanto é adequada ao intelecto, pelo que o verdadeiro encontra-se nas coisas posteriormente, primariamente pois no intelecto.

(TOMÁS DE AQUINO. Verdade e Conhecimento)

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