Entendendo a Guerra da Síria para mandar bem no ENEM
Olá, caro aluno! Você com toda certeza já se deparou com muitas notícias, vídeos e até questões de vestibular falando sobre o conflito na Síria e o caos que este país do Oriente Médio tem vivido nos últimos sete anos, e deve se sentir perdido no meio de tantas informações. Para ajudá-lo a compreender as causas dessa guerra, o PROENEM preparou este post com tudo o que você precisa saber.

Fatos importantes sobre a Síria
A Síria fica localizada numa região do continente asiático famosa pela riqueza de petróleo e constantes guerras: o Oriente Médio. Este pequeno país faz fronteira com a Turquia, Iraque, Líbano, Israel e Jordânia, com saída para o mar Mediterrâneo. A população do país está dividida em islâmicos sunitas (70%), xiitas (13%) e cristãos (10%), além destes grupos existe também os curdos, uma etnia que está espalhada por alguns países da região e desejam ter um território próprio.
Bashar Al-Assad é presidente da Síria desde os anos 2000, entrou no comando após a morte de seu pai Hafez Al-Assad, que governou o país por 29 anos, ou seja, o país é governado há 47 anos pela mesma família. Os Assad têm orientação alauita, um grupo do islã que descende dos xiitas. Podemos dizer que, apesar de islâmicos a constituição síria é laica, a posição da família e as leis que regem a Síria são mais brandas de que seus países vizinhos. Um fato muito importante sobre a ascensão dos Assad é que nenhum, nem Hafez e nem Bashar, chegaram ao poder por vias democráticas.
O que a Primavera Árabe tem a ver com a Guerra na Síria?

A Primavera Árabe tem início na Tunisia em 2011, a partir do suicídio de um jovem após sofrer repressão policial, este fato provocou uma onda de manifestações populares nas ruas das cidades tunisianas. Estes protestos se espalham por diversos países do mundo árabe: Egito, Líbia, Iêmen, Bahrein, Argélia, Jordânia e Síria. Na Líbia e na Síria os protestos geraram reações mais violentas do governo e tiveram intervenções de outros países.
O porquê das manifestações
A população destes países saiu às ruas para pedir democracia e melhorias sociais. Nos oito países que passaram por este movimento havia governos ditatoriais e longos bem como governantes que chegaram ao poder por vias autoritárias. Muitos destes ditadores conservavam estruturas corruptas e não promoviam melhorias nas condições de vida dos cidadãos, mas estes são aspectos gerais. Cada país, além desta pauta – democracia e liberdade –, apresentou razões próprias.

Vejamos como as coisas na Síria se complicaram tanto...
Vimos anteriormente que a Síria é “rachada” em termos populacionais, o que, inicialmente, não havia muita importância, as pessoas saíam às ruas e ocupavam as principais praças do país de maneira pacífica. As coisas tomaram um caminho mais violento a partir das reações do governo sírio em março de 2011, para conter os protestos, Al-Assad enviou tropas militares para conter a população, o que não surtia efeito, as pessoas continuavam ocupando as cidades e eram reprimidas com mais violência. Mortos e desaparecidos se tornaram comuns. Imagine que um dia um amigo seu, insatisfeito com os rumos do país, sai para protestar e não volta para casa. Agora imagine isso acontecendo em proporções maiores e mais amigos desaparecendo. Difícil, né?
A violência do governo sírio gerou reações igualmente violentas da população, a mídia passou a chamá-los de “rebeldes”, mas este é um termo genérico e você precisa saber quem são estes grupos para entender tudo sobre a guerra na Síria.
Quem são os rebeldes?
A população pegou em armas e se organizou contra o governo. Chegaram também grupos jihadistas (extremistas islâmicos) para o conflito, os curdos e aqueles que apoiam o governo de Assad. Temos que lembrar também que alguns países são favoráveis e outros contrários a manutenção de Al-Assad no poder.
Os xiitas são favoráveis ao governo (lembra que a família governante é de uma corrente descendente dos xiitas), os sunitas estão divididos entre o Exército Livre da Síria (civis “moderados”), Al-NUSRA (grupo que teve origem da Al-QAEDA de Osama Bin Laden) e ISIS – Estado Islâmico do Iraque e da Síria –, estes dois últimos são grupos extremistas, os jihadistas e há também os curdos que, além de serem contrários ao governos, lutam contra os Estado Islâmico. Cada um destes grupos ocupa áreas diferentes dentro do território sírio.

A guerra na Síria já tem mais de 400 mil mortos e é responsável pela maior crise humanitária desde a Segunda Guerra Mundial: quase cinco milhões de sírios vivem em situação de refúgio. O caótico cenário da guerra síria é discutido na ONU e este ano gerou uma instabilidade entre as nações do Conselho de Segurança: EUA, França e Reino Unido se manifestaram favoráveis a uma intervenção militar contra as bases de Al-Assad, Rússia (uma nação amiga da Síria desde a Guerra Fria) e China se opuseram. Contrariando a decisão do Conselho, EUA e seus aliados, em abril deste ano, bombardearam as bases do governo, em resposta a um suposto ataque químico contra os rebeldes, e logo depois atacaram áreas dominadas pelo Estado Islâmico.
A guerra na Síria já dura sete anos e infelizmente não há um fim previsto para toda esta instabilidade.
Quer se aprofundar ainda mais neste assunto? Não deixe de assistir às nossas videoaulas e se preparar de forma dinâmica e efetiva para vestibulares, concursos e ENEM.