Aprenda tudo sobre relevo e suas características
O relevo é o formato que a superfície da Terra possui. A Terra possui diferentes formatos da superfície e o que molda esse relevo são agentes internos e externos.
Nosso relevo é assentado em estruturas geológicas. Imaginem a construção de um prédio, para dar sustentação é necessário que haja vigas, colunas que segurem toda a construção. A mesma coisa acontece com o relevo, a estrutura geológica dá sustento ao formato da superfície. Existem três tipos de estruturas geológicas: os dobramentos modernos, escudos cristalinos e as bacias sedimentares.
Dobramentos Modernos
Como são modernos, os dobramentos são formas recentes no tempo geológico da Terra. Encontramos eles em bordas de placas tectônicas, pois são resultados de forças tectônicas, assim, são áreas instáveis, geologicamente. Já que são de formação recente, estão há pouco tempo sob a ação do intemperismo, por isso, pouco desgastados, atingindo, então, grandes altitudes.
Exemplos de dobramentos modernos: Cordilheira dos Andes, Himalaia, Alpes.
No Brasil:
O Brasil está assentado no meio da placa tectônica Sul Americana, desse modo, não encontramos dobramentos modernos em nosso território.
Escudos Cristalinos ou Crátons
Os escudos cristalinos são de formação geológica antiga, têm seu formatos mais erodido devido a ação do tempo, e assim, são mas rebaixados se comparados aos dobramentos modernos.
Nele são encontrados minerais metálicos, como ferro, manganês, ouro, prata, entre outros.
No Brasil:
Encontramos três grandes núcleos cratônicos em solo brasileiro. O Escudo das Guianas, o Escudo do Brasil Central e de São Francisco.
Bacias Sedimentares
As bacias sedimentares são áreas de relevo rebaixado plano, que servem de depósito dos sedimentos que foram transportados de áreas mais elevadas. Dessa forma, são compostas por rochas sedimentares.
O acúmulo em milhões de anos de sedimentos e fósseis formam os combustíveis fósseis. Assim, é nas bacias sedimentares que encontramos esses tipos de combustíveis, como o petróleo e carvão, por exemplo.
No Brasil:
Boa parte do território brasileiro é formado por bacias sedimentares. Nossas principais bacias são as Amazônica, do Paraná, Parnaíba, Recôncavo e Litorâneas.
Divisão do Relevo Brasileiro
Entender como está estruturado nosso território é importante para que consigamos fazer uma boa gestão de uso de nosso solo. Assim, ao longo do tempo buscamos formas de classifica-lo.
Segundo Aroldo de Azevedo
Esta divisão foi a primeira significativa sobre o território brasileiro. Ainda sem muita tecnologia em seu estudos, Aroldo de Azevedo classificou as formas do relevo brasileiro em dois: planaltos e planícies.
Para o cientista, planalto consistia em toda forma de relevo superior a 200m, e por conseguinte, relevo toda forma inferior a 200m.
Segundo Aziz Ab’Saber
Aziz Ab’Saber também classificou o território baseado nos dois conceitos, mas não mais em termos quantitativos, ou seja, determinando um limite de altitude. As definições de planalto e planície em sua divisão são qualitativas, ou seja, em relação ao entorno. Desse modo, a classificação do relevo brasileiro se torna um pouco mais específico.
Segundo Jurandyr L. S. Ross
A mais recente e mais utilizada é a divisão do Jurandy Ross. Ela foi feita no contexto histórico do regime militar brasileiro, em que iniciaram o projeto RADAM, que consistia em mapear toda a Amazônia brasileira. Esse projeto se estendeu para todo o território brasileiro e se tornou RADAM Brasil.
Assim, o espaço brasileiro foi mapeado com fotografias aéreas e detalhado em sua classificação. Portanto, foram estabelecidos três unidades de relevo, as planícies, os planaltos e as depressões. A nova unidade apresentada, as depressões, são áreas mais rebaixadas que as planícies.
Desse modo, essa classificação é a mais específica sobre nosso território nacional.
Intemperismos
O intemperismo é o processo de desgaste das rochas e do solo. Existem dois tipos de intemperismo: físico e químico.
Intemperismo físico
Consiste na degradação mecânica das rochas ou do solo, sem mudar sua composição mineralógica. Esse tipo de desgaste pode ocorrer por variação de temperatura, cristalização de sais, atividades biológicas e congelamento de águas.
Intemperismo Químico
Esse tipo de intemperismo ocorre pela alteração da estrutura química da rocha. Desse modo, há mudança mineralógica!