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SISTEMA ENDÓCRINO HUMANO I

SISTEMA ENDÓCRINO HUMANO I

As glândulas são estruturas formadas por uma célula ou um conjunto de células que apresenta a capacidade de produzir substâncias que atuem como mensageiros químicos. Porém, apesar de todas se originarem durante o desenvolvimento embrionário a partir do tecido epitelial, elas podem ser classificadas como exócrinas, endócrinas ou anfícrinas

Glândulas sudoríparas, mamárias, lacrimais e salivares são exemplos de estruturas que eliminam suas secreções para o exterior do corpo ou em uma cavidade e, por isso, são denominadas exócrinas. O oposto ocorre em glândulas endócrinas, como a hipófise, as suprarrenais e a tireoide. Neste caso, depois de produzirem suas secreções, estas são eliminadas diretamente no sangue para que atinjam outros órgãos. Por último, existem glândulas como o pâncreas que apresentam tanto uma capacidade exócrina (suco pancreático) como endócrina (insulina e glucagon), sendo chamadas de anfícrinas (mistas).

EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE

Dentre as principais glândulas endócrinas que estudaremos neste módulo se encontram o hipotálamo e a hipófise. Ambas se localizam no encéfalo e são fisicamente conectadas de maneira que possam trabalhar em conjunto.

O hipotálamo tem sua origem a partir de tecido nervoso e, por isso, não apresenta capacidade de secreção. Assim, apesar de produzir hormônios – ADH e ocitocina, por exemplo – ele precisa enviá-los à hipófise para que sejam secretados na corrente sanguínea.

Como explicado anteriormente, o hormônio antidiurético (ADH ou vasopressina) atua nos rins – mais especificamente nos túbulos contorcidos distais dos néfrons e nos ductos coletores – aumentando a reabsorção de água e reduzindo o volume de urina que passa a ser produzida com concentração mais elevada. A ocitocina (oxitocina), por outro lado, tem como principais funções a promoção da contração uterina durante o momento do parto e a ejeção de leite durante a amamentação.

O mecanismo de atuação da ocitocina serve como exemplo de regulação por retroalimentação positiva (feedback positivo). Em situações como o parto, a resposta à mensagem transmitida pelo hormônio (contração uterina) precisa ser aumentada até que o efeito final seja obtido (nascimento do bebê). Assim, quanto mais ocitocina é liberada, maiores são as contrações e, em tréplica, ainda mais hormônio é produzido e liberado no sangue.

A hipófise, por sua vez, é uma glândula formada por dois lobos, sendo o anterior (adenoipófise) voltado à produção de hormônios próprios – prolactina, gonadotrofina, tireotrofina (TSH), adrecorticotrofina (ACTH) e somatotrofina (hormônio do crescimento ou GH) – e o posterior (neuroipófise) responsável pela secreção dos hormônios provenientes do hipotálamo. A seguir estão listados os efeitos de cada mensageiro produzido pela adenoipófise.

Prolactina: atua sobre as glândulas mamárias estimulando a produção de leite materno.

Gonadotrofina: família de hormônios que regulam o funcionamento das gônadas (órgãos produtores de células reprodutivas).

Tireotrofina (TSH): estimula a produção dos hormônios T3 e T4 pela tireoide.

Adrenocorticotrofina (ACTH): estimula a produção de hormônios pela região cortical das glândulas suprarrenais (adrenais).

Somatotrofina (GH): atua principalmente sobre os ossos, promovendo o seu crescimento em comprimento.

Distúrbios na hipófise que levem a problemas na produção de somatotrofina são relativamente comuns na população. Por um lado observamos um quadro conhecido como gigantismo no qual a secreção exacerbada de GH promove alongamento ósseo além do normal, destacando-se as regiões dos membros, mãos e pés. Além disso, como este hormônio também atua sobre o coração, pacientes com gigantismo tendem a apresentar deficiências cardíacas que podem levar à morte. Outro caso comum se refere ao desenvolvimento do nanismo no qual a baixa secreção de GH leva ao alongamento ósseo insuficiente, culminando na redução dos membros e altura do indivíduo. Cabe ressaltar que existem diferentes tipos de nanismo e nem todos estão relacionados a distúrbios hipofisários.

TIREOIDE

A tireoide é uma glândula que apresenta dois lobos que, com formato similar a uma borboleta, abraçam o início da traqueia no sistema respiratório. Em sua face posterior estão localizadas as paratireóides.

Na primeira são produzidos dois hormônios destinados ao controle do metabolismo basal e um voltado à estabilização das concentrações de cálcio no sangue (calcemia). Os primeiros, conhecidos como triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), atuam de maneira a estimular a produção de calor. Já a calcitonina estimula os osteoclastos a degradarem a matriz óssea, liberando o cálcio dos ossos para aumentar sua concentração no plasma sanguíneo.

Os hormônios T3 e T4 recebem este nome por necessitarem de três ou quatro átomos de iodo, respectivamente, em sua composição. Assim, como a maior parte do iodo em uma dieta é oriunda de frutos do mar, populações que tenham seu consumo reduzido podem ser afetadas pela baixa produção dessas moléculas, fenômeno conhecido como hipotireoidismo. Em decorrência desta manifestação costumam surgir sintomas como o inchaço da glândula (bócio), sonolência, frio e cansaço.

Para evitar a carência endêmica de iodo na alimentação brasileira, passou a ser obrigatório, por lei, que o sal de cozinha tenha esta substância adicionada à sua composição. Assim, desde 1974, esta imposição vem reduzindo os quadros de doença no país.

A produção exacerbada destes hormônios também é possível, caracterizando o hipertireoidismo. Em geral, este quadro se manifesta a partir do desenvolvimento de uma doença autoimune que ataca a tireoide e eleva sua atividade. Os sintomas do hipertireoidismo envolvem taquicardia, calor, dificuldades de concentração e projeção dos olhos a partir da cavidade ocular (exoftalmia).

A produção de T3 e T4 serve como exemplo de retroalimentação negativa (feedback negativo). Neste caso, o TSH que é produzido pela hipófise estimula a produção dos hormônios tireoidianos até que sejam atingidos níveis ideais. Estes, em concentração elevada, inibem a produção de TSH. Assim, reduzida a concentração deste último, não há maiores fomentos à secreção de T3 e T4 que voltam aos seus níveis basais.

PARATIREOIDES

As paratireoides, diferentemente da tireoide, estão voltadas exclusivamente ao controle da calcemia (concentração plasmática de cálcio). Assim, através da produção do paratormônio (PTH), são garantidas as taxas de fixação deste mineral ao tecido ósseo a partir do estimulo de células específicas, conhecidas como osteoclastos.

A imagem a seguir demonstra o mecanismo de controle da calcemia balanceado pela tireoide e pelas paratireóides. Vale destacar a ação antagônica exercida pelos hormônios secretados por estas glândulas, o que possibilita um controle delicado dos níveis de cálcio no sangue.

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